Da emblemática Bolsa de Nova York, em Wall Street, até a Basílica da Natividade, em Belém, vários locais de relevância global reabriram suas portas nesta terça-feira (26), após a paralisação por causa da pandemia, mas na América Latina a crise está aumentando e a Organização Pan-americana de Saúde (OPAS) alerta que o contágio "está se acelerando"
Da emblemática Bolsa de Nova York, em Wall Street, até a Basílica da Natividade, em Belém, vários locais de relevância global reabriram suas portas nesta terça-feira (26), após a paralisação por causa da pandemia, mas na América Latina a crise está aumentando e a Organização Pan-americana de Saúde (OPAS) alerta que o contágio "está se acelerando".
Dois meses de portas fechadas e confinamentos em todo o mundo para conter a disseminação do novo coronavírus causaram um golpe devastador às empresas, principalmente nos setores de comércio, viagens e turismo.
No entanto, o mercado financeiro teve um dia mais tranquilo, com Wall Street subindo 2,49%, para 24.995,11 pontos, no retorno das atividades na Bolsa de Nova York, que desde o final de março operava virtualmente.
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que defende a reabertura econômica no país com mais mortes pela pandemia no mundo, comemorou no Twitter: "O mercado de ações sobe MUITO, o DOW (Jones) cruzou 25.000 (pontos) O S&P 500, mais de 3.000. Os estados devem abrir o mais rápido possível. A transição para a grandeza começou mais cedo do que o previsto".
Trump pressiona os governadores a reverterem suas medidas de bloqueio, apesar de o número de mortos no país pelo novo coronavírus ter chegado a 98.875, entre 1.680.301 contaminados, os índices mais alto do mundo.
Outras economias da Ásia e da Europa já passaram pelo pior da epidemia, com a morte de cerca de 349.000 pessoas, mas ainda estão saindo lentamente do confinamento.
Até as 21H00 (de Brasília) desta terça, o número global de casos da COVID-19 chegou ao total de 5.584.091 milhões, dois terços na Europa e nos Estados Unidos, segundo uma contagem da AFP de fontes oficiais.
O Brasil se tornou o sexto país do mundo com mais mortes por COVID-19 (24.512) e o segundo com os casos mais confirmados (391.222), atrás somente dos Estados Unidos.
No Brasil, assim como no Peru e no Chile, a transmissão da doença "ainda está acelerando", alertou a Organização Pan-Americana da Saúde (Opas) nesta terça-feira, pedindo que os países não relaxem as medidas para conter a pandemia na região.
A Argentina teve que recuar nas medidas de desconfinamento, e nesta terça fechou lojas não essenciais na capital, Buenos Aires, antes do aumento de infecções.
A crise da saúde e a paralisia econômica também estão gerando um aumento da tensão na população nesta parte do mundo e afetando gravemente as empresas.
A LATAM, a maior companhia aérea da América Latina, entrou com pedido de falência nesta terça nos Estados Unidos, devido à queda drástica de sua atividade. Antes da pandemia, voava para 145 destinos em 26 países e fazia cerca de 1.400 voos diários.
Suas ações caíram na bolsa de Santiago, fechando com uma queda de 36%, e o governo chileno anunciou que está avaliando "a conveniência e a oportunidade" de um resgate.
No México, o presidente Andrés Manuel López Obrador estimou que a crise econômica causada pela pandemia causará a perda de um milhão de empregos em 2020.