Dizimados, parcialmente confinados e receosos com a nova cepa do coronavírus que se espalha pelo mundo, alguns países da União Europeia (UE) começaram a vacinar seus cidadãos neste sábado (26) e outros o farão no domingo, enquanto a OMS advertia que a pandemia de covid-19 não será a última
Dizimados, parcialmente confinados e receosos com a nova cepa do coronavírus que se espalha pelo mundo, alguns países da União Europeia (UE) começaram a vacinar seus cidadãos neste sábado (26) e outros o farão no domingo, enquanto a OMS advertia que a pandemia de covid-19 não será a última.
O diretor-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Adhanom Ghebreyesus, assegurou que a história mostra que o coronavírus "não será a última pandemia" e lembrou que os avanços sanitários serão insuficientes se não houver mudanças com relação ao aquecimento global e o bem-estar animal.
"Gastamos dinheiro quando eclode a crise, mas quando acaba, nos esquecemos e não fazemos nada para prevenir a seguinte. É o perigo dos comportamentos de curto prazo", lamentou, em uma mensagem de vídeo gravada para a comemoração no domingo do primeiro Dia Internacional da Preparação para as Epidemias.
Enquanto isso, começaram a ser entregues em hospitais e armazéns da UE os primeiros lotes de vacinas produzidas pelos laboratórios americano Pfizer e alemão BioNTech.
Como já aconteceu em Estados Unidos, Reino Unido, Chile, Suíça, Costa Rica e México, os primeiros cidadãos a receber a vacina serão pessoas com idade avançada e pessoal sanitário. Cada país estabelecerá suas prioridades e a maioria das nações prevê distribuí-las a partir de domingo.
Mas na Alemanha a vacinação começou neste sábado e a primeira pessoa imunizada foi Edith Kwoizalla, de 101 anos, que mora em uma residência para idosos no leste do país.
A Hungria também foi um dos primeiros países da UE a vacinar e a partir deste sábado imunizou seu pessoal médico, pouco depois de o fármaco chegar a território húngaro. A Eslováquia fez o mesmo.
A vacina, um dos bens mais valiosos neste momento em todo o mundo, chega em caminhões frigoríficos que deixam a fábrica da Pfizer em Puurs, nordeste da Bélgica, escoltados por forças de segurança.
Na Espanha, um caminhão levou a carga com imunizantes para o centro de armazenamento da Pfizer em Guadalajara (centro).
As autoridades do país, que soma 50.000 mortes pelo coronavírus, esperam vacinar até junho entre 15 e 20 milhões de pessoas de uma população de 47 milhões.
Na Itália, onde as vacinas chegaram na sexta-feira pela fronteira austríaca, a primeira pessoa a ser vacinada será uma enfermeira italiana de 29 anos em um hospital de Roma.
A Itália é o país mais enlutado da Europa nesta pandemia, com 71.000 mortes, mas segundo pesquisas, apenas 57% da população quer se vacinar, apesar de os cientistas estimarem que a imunidade efetiva ocorrerá quando de 75% e 80% da população estiver imunizada.
Na França, onde mais de 62.000 pessoas morreram de covid-19, as primeiras injeções serão aplicadas em dois lares para idosos.
Os casos de pessoas contaminadas pela nova variante do coronavírus, surgida no Reino Unido, continuaram aparecendo em vários países neste sábado, como no Canadá, onde um casal sem antecedentes de viagens teve o contágio confirmado.