APENAS 12 ANOS DE IDADE

Padastro é suspeito de engravidar enteada

Enquanto o bebê não nasce e houver o exame, acusado seguirá preso

Ana Cristina Andrade
05/08/2016 às 12:11.
Atualizado em 28/04/2022 às 04:55
A delegada Juliana Ricci pediu a prisão do acusado e investiga o crime  (Antonio Trivelin)

A delegada Juliana Ricci pediu a prisão do acusado e investiga o crime (Antonio Trivelin)

A Delegacia de Defesa da Mulher (DDM) de Piracicaba investiga, pela segunda vez em menos de um ano, mais um caso de gravidez envolvendo menor de idade e o suspeito é o padrasto da menina. Da primeira vez, a vítima tinha 10 anos de idade e após a cesariana e o exame de DNA, o padrasto foi confirmado o pai da criança. Desta vez, a menor tem 12 anos de idade, está grávida de seis meses, mas só quando a criança nascer é que será feito o exame de paternidade. Enquanto isso, o padrasto deverá permanecer preso. Anteontem, investigadores da unidade de polícia especializada cumpriram mandado de prisão temporária e o suspeito, de 37 anos e idade, já está atrás das grades. Quem está cuidando do caso é a delegada Juliana Ricci, assistente da DDM. Este caso, segundo ela, é bem parecido com o primeiro. A única diferença é que uma das vítimas é criança e a outra é adolescente. As duas situações envolvem o crime de estupro de vulnerável. "Ela (menor) está muito assustada, por isso estou tendo cautela", explica a delegada. Tudo começou quando a menina deixou de ir à casa do pais, com os outros irmãos, a cada 15 dias conforme acordo firmado na separação conjugal. O pai já tem outra esposa. Ela percebeu que a menina não aparecia mais em sua residência e foi atrás dela. A mulher ficou espantada com o tamanho da barriga da adolescente e perguntou se ela estaria grávida. A resposta foi negativa. Mesmo assim, ela e o pai da menor a levaram ao médico, que realizou os exames e foi constatada a gestação de seis meses. O próprio médico orientou que o pai procurasse a polícia e ele foi até a DDM registrar a queixa. Com base nas informações, inclusive de que o filho seria do padrasto da menina, Juliana Ricci, amparada em outros elementos coletados durante a investigação, representou pela prisão temporária dele - a validade é de 15 dias e poderá haver prorrogação. A delegada disse que não pode dar detalhes do caso porque o caso corre sob segredo de Justiça. A mãe disse que desconhecia os fatos, mas a delegada irá apurar se houve consentimento dela. "Está faltando atenção e cuidados aos filhos, em geral, porque estamos chegando ao extremo de acontecer uma gravidez. Isso é o estupro consumado. É importante que esses casos sejam denunciados, porque as pessoas ficam sabendo que existem providências", declarou Juliana. Para ela, está faltando os pais verem que no mundo existe maldade. "Acho que sempre aconteceu isso, mas as pessoas estão denunciando mais".

Assuntos Relacionados
Compartilhar
Gazeta de Piracicaba© Copyright 2025Todos os direitos reservados.
Distribuído por
Publicado no
Desenvolvido por