O secretário-geral da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), Jens Stoltenberg, disse nesta terça-feira (16) que os membros da aliança militar aumentaram os gastos com defesa em 2020, apesar das dificuldades da pandemia do coronavírus
O secretário-geral da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), Jens Stoltenberg, disse nesta terça-feira (16) que os membros da aliança militar aumentaram os gastos com defesa em 2020, apesar das dificuldades da pandemia do coronavírus.
"Apesar do impacto econômico da epidemia, 2020 foi o sexto ano consecutivo de crescimento do gasto com defesa entre os aliados europeus e o Canadá, com um aumento em termos reais de 3,9%", afirmou Stoltenberg, em entrevista coletiva no lançamento do relatório anual da Otan.
"Esperamos que essa tendência continue este ano, e é absolutamente vital que mantenhamos o impulso, porque os desafios de segurança não desapareceram", disse ele.
O gasto militar geral dos 30 membros da aliança apoiada pelos Estados Unidos chegou a US$ 1,028 trilhão (EUR 860 bilhões) no ano passado, segundo o informe.
Os Estados Unidos ainda respondem pela maior parte dos gastos da Aliança Atlântica, representando 71% do gasto combinado de defesa entre os aliados.
Os países europeus têm enfrentado pressão de Washington para aumentar seus gastos com defesa para 2% do Produto Interno Bruto (PIB), uma meta adotada em 2014 na esteira da anexação da Crimeia por parte da Rússia.
Durante seu mandato, o então presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, exigiu publicamente que membros importantes da aliança, como a Alemanha, aumentassem suas contribuições, e os acusou de tirar vantagem da generosidade americana.
O novo presidente americano, Joe Biden, adotou um tom mais diplomático ao buscar reconstruir as relações, mas se espera que seu governo permaneça firme em fazer a Europa pagar mais por sua defesa.
O relatório da Otan aponta que, no ano passado, 11 dos 30 membros da aliança cumpriram a meta de 2%, contra nove mencionados no relatório de 2019. Esse número se viu favorecido, porém, pela dramática contração das economias, devido à pandemia do coronavírus.
"Em 2020, alguns membros da aliança já tinham contribuições elevadas e agora ultrapassam 2%, devido à redução nas estimativas do PIB", explicou Stoltenberg.
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