INTERNACIONAL

Os principais acontecimentos no Líbano desde 2005

O Líbano, de luto por duas explosões mortais no porto de Beirute, atravessa a pior crise econômica em décadas, com disputas políticas e protestos sociais sem precedentes

AFP
05/08/2020 às 11:04.
Atualizado em 25/03/2022 às 17:40

O Líbano, de luto por duas explosões mortais no porto de Beirute, atravessa a pior crise econômica em décadas, com disputas políticas e protestos sociais sem precedentes. Estes são os principais eventos neste país do Oriente Médio desde 2005:

Em 14 de fevereiro de 2005, o ex-primeiro-ministro Rafic Hariri, na oposição, foi assassinado em um ataque em Beirute que deixou um total de 22 mortos e mais de 220 feridos, realizado por um suicida que explodiu uma caminhonete na passagem de um comboio blindado.

A oposição atribuiu a responsabilidade pelo ataque "aos poderes libanês e sírio" e exigiu a retirada de tropas deste país vizinho.

Em 26 de abril, os últimos soldados sírios deixaram o Líbano após 29 anos de ocupação, sob pressão das ruas, da oposição e da comunidade internacional. As tropas sírias haviam chegado a 40.000 homens.

Um Tribunal Especial para o Líbano (TSL) foi criado para investigar o assassinato de Hariri e outras personalidades opostas a Damasco.

Apoiado pela ONU e sediado em Haia, este tribunal deve anunciar na sexta-feira seu veredicto no julgamento de quatro homens, todos supostos membros do movimento xiita Hezbollah, acusados de terem participado do assassinato.

O Hezbollah, que negou qualquer responsabilidade, não quis entregar os suspeitos, apesar de vários mandados de prisão emitidos pelo TSL.

Em 12 de julho de 2006, teve início um conflito entre Israel e o Hezbollah, após a captura de dois soldados israelenses.

Em 34 dias, a guerra deixou quase 1.400 mortos, 1.200 do lado libanês, principalmente civis.

Em maio de 2008, houve confrontos entre o Hezbollah e seus aliados com apoiadores do governo anti-Síria. O saldo foi de 100 mortos em uma semana.

Em julho, o país adotou um governo de unidade, no qual o Hezbollah e seus aliados tinham direito de veto.

Em junho de 2009, o lado anti-Síria venceu as eleições legislativas e Saad Hariri, filho de Rafic, foi nomeado primeiro-ministro. Ele conseguiu formar seu governo em novembro, depois de meses de bloqueio com o Hezbollah.

Em janeiro de 2011, a coalizão entrou em colapso. Em junho, um novo governo foi formado, dominado pelo Hezbollah e seus aliados.

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