INTERNACIONAL

Os horrores da guerra na Bósnia impactam Mostra de Veneza

O massacre de Srebrenica em 1995, considerado a maior atrocidade cometida na Europa desde a Segunda Guerra Mundial, estourou no Festival de Cinema de Veneza nesta quinta-feira, contado por uma mãe bósnia em um filme que denuncia os erros, cumplicidades e covardia da ONU

AFP
03/09/2020 às 16:37.
Atualizado em 25/03/2022 às 08:49

O massacre de Srebrenica em 1995, considerado a maior atrocidade cometida na Europa desde a Segunda Guerra Mundial, estourou no Festival de Cinema de Veneza nesta quinta-feira, contado por uma mãe bósnia em um filme que denuncia os erros, cumplicidades e covardia da ONU.

O quinto filme da realizadora bósnia Jasmila Zbanic, "Quo Vadis, Aida?", em competição esta quinta-feira no Festival de Cinema de Veneza, é um ato de acusação à comunidade internacional e em particular aos capacetes azuis da ONU, os seus funcionários e suas decisões.

A diretora de 45 anos, entre as oito cineastas que competem este ano pelo Leão de Ouro, conta as atrocidades da guerra em seu país depois de ter vencido o Urso de Ouro em Berlim em 2006 com "O segredo de Esma".

Por ocasião do 25º aniversário desse genocídio, a diretora mergulha naqueles dias de julho de 1995, quando o enclave de Srebrenica, no leste da Bósnia, foi tomado por tropas sérvias da Bósnia e mais de 8.000 muçulmanos, incluindo crianças, foram mortos.

Um filme forte e devastador, feito pelo olhar de Aida, uma mulher e mãe que trabalhava como tradutora para as Nações Unidas, impotente diante das decisões de homens, generais e civis.

Com cenas que contam com milhares de atores, mulheres, homens, crianças e veículos blindados, o filme ilustra as responsabilidades éticas e morais daquele grupo de soldados holandeses das Nações Unidas que acabou entregando voluntariamente milhares de civis aos sanguinários Exército sérvio liderado pelo general Ratko Mladic.

kv/mis/cc

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