Os compromissos climáticos dos principais emissores do planeta

Sob o Acordo Climático de Paris, quase todos os países devem reduzir drasticamente suas emissões de carbono e submeter seus planos sobre como fazê-lo até o final deste ano.

O primeiro rascunho das "contribuições determinadas nacionalmente" (NDCs) submetido pelos países colocará a Terra no curso de um mundo 3º C mais quente em comparação com índices da era pré-industrial, muito distante da meta assumida em Paris de limitar o aquecimento abaixo dos 2º C.

Mas este ano, uma miríade de grandes emissores - sobretudo China e Japão - se comprometeu em zerar suas emissões ainda neste século.

Segundo o Climate Action Tracker, os compromissos de emissões atuais resultariam provavelmente em um aquecimento de 2,1º C em 2100.

Com seu primeiro NDC em 2016, a China - de longe o maior emissor, responsável por cerca de um quarto de toda a poluição por carbono - prometeu reduzir a intensidade de suas emissões em até 65% até 2030.

Neste cenário, planeja atingir o pico de emissões ao final desta década.

No entanto, o presidente Xi Jinping chocou observadores ao anunciar na Assembleia Geral das Nações Unidas, em setembro, que seu país agora planeja zerar suas emissões até 2060.

Pequim deu poucos detalhes adicionais e ainda deve submeter oficialmente sua NDC revisada.

Segundo maior emissor do planeta, os Estados Unidos foram uma das forças motrizes do Acordo de Paris, com um compromisso inicial de reduzir suas emissões em um quarto até 2025 com relação aos níveis de 2005.

Apesar da decisão do presidente Donald Trump de retirar os Estados Unidos do pacto, o presidente eleito Joe Biden fará do retorno ao tratado um de seus primeiros atos ao ser empossado no mês que vem.

Biden estabeleceu uma meta de neutralidade de carbono em 2050, mas é improvável que qualquer plano seja oficializado este ano.