Vários revistas foram realizadas, nesta quinta-feira (9), na casa de uma política de Moscou e em organizações críticas ao poder na Rússia.
A deputada de um distrito de Moscou, Yulia Galiamina, muito ativa na campanha do "não" à reforma constitucional do presidente Vladimir Putin, anunciou pelas redes sociais uma operação de busca e apreensão em sua casa, durante sua ausência.
"Havia apenas meu filho. Ele não queria abrir, mas a polícia ameaçou arrombar a porta", escreveu ela no Facebook, acrescentando, mais tarde, que seu advogado não foi autorizado a entrar.
Também houve incursões na casa do editor-chefe do veículo MBkh e de duas pessoas da organização de oposição Open Russia, do oligarca exilado Mikhail Khodorkovsky.
Segundo o porta-voz da Open Russia, Konstantin Fomin, as intervenções estão oficialmente relacionadas com o caso do antigo grupo petroleiro Yukos, de 2003, que levou Khodorkovsky a ficar preso por dez anos.
Em um comunicado, a campanha do "não" afirmou que o "caso Yukos" pode ser um mero pretexto e que "o verdadeiro motivo pode ser a manifestação prevista para 15 de julho" para denunciar a reforma constitucional adotada em 1º de junho.
Esta reforma permitirá a Vladimir Putin se manter no poder, em tese, até 2036.
Na quarta-feira, em outro caso, o ativista anti-Kremlin Piotr Verzilov, preso por dez dias em junho por "obscenidade", foi interrogado.
Houve batidas em sua residência, na casa de sua mãe e de uma amiga dela. No Twitter, o ativista declarou ter sido alvo de oito revistas dessa natureza desde 21 de junho.
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