INTERNACIONAL

Opep + prorroga reduções na produção de petróleo em julho (ministro dos Emirados)

Membros da Organização dos Países Exportadores de Petróleo e seus aliados (Opep +) decidiram neste sábado (06) manter os atuais cortes na produção de petróleo em julho, anunciou o ministro deo Petróleo dos Emirados, Anwar Gargash

AFP
06/06/2020 às 15:06.
Atualizado em 27/03/2022 às 21:29

Membros da Organização dos Países Exportadores de Petróleo e seus aliados (Opep +) decidiram neste sábado (06) manter os atuais cortes na produção de petróleo em julho, anunciou o ministro deo Petróleo dos Emirados, Anwar Gargash.

A redução histórica, que permitiu uma recuperação nos preços de mercado, foi adotada em abril e continuará ao longo de julho, disse Gargash no Twitter.

Os 13 membros do cartel decidiram prorrogar os cortes em vigor desde abril para todo o mês de julho, disse à AFP o atual presidente do grupo, o ministro da Energia da Argélia, Mohamed Arkab.

Os aliados da Opep nesta corrida para manter os preços planejavam participar da reunião, realizada por videoconferência, para opinar sobre essa proposta.

Entre os países participantes desse formato ampliado, conhecido como OPEP +, estão produtores como a Rússia ou o México.

A arma habitual do cartel, fechar as torneiras para sustentar os preços, foi usada este ano com um vigor marcante.

Após um acordo alcançado em 12 de abril, os países da OPEP e seus aliados decidiram retirar do mercado, de 1º de maio a final de junho, 9,7 milhões de barris por dia (mbd), ou seja, cerca de 10% do oferta mundial antes da crise, para enfrentar uma queda sem precedentes na demanda agravada pela pandemia.

Segundo o acordo, essa medida seria suavizada a partir de julho e a redução passaria para 7,7 mbd de julho a dezembro e depois para 5,8 mbd de janeiro de 2021 a abril de 2022.

"Parece muito provável [que a Opep +] estenda as atuais reduções de maio a junho em mais um mês", previa Bjornar Tonhaugen, analista da Rystad Energy.

Especialistas e observadores apostavam em uma extensão maior, até depois do verão ou mesmo até o final do ano.

Em andamento em muitas partes do mundo, o desconfinamento não trouxe o consumo de volta ao seu nível pré-crise, que já estava abaixo da oferta na época.

Como de costume, as negociações se previam complicadas entre a Rússia e a Arábia Saudita, os dois pesos pesados do grupo, que já provocaram uma guerra de preços curta, mas intensa, após o fracasso das negociações anteriores no início de março.

A consonância entre os compromissos dos países e sua implementação pode ser o principal obstáculo: essa questão espinhosa "complica os esforços" de todo o grupo, segundo Al Stanton, analista da RBC.

Segundo a empresa de inteligência de dados Kpler, a Opep + reduziu a produção em cerca de 8,6 milhões de bpd em maio, um corte menor do que o planejado, com o Iraque e a Nigéria sendo os principais culpados.

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