INTERNACIONAL

Opas alerta para 'intensa transmissão' de covid-19 no Caribe

A Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) alertou nesta quarta-feira (7) para uma "transmissão intensa" da covid-19 no Caribe, mesmo em locais com uma boa gestão da pandemia - como Cuba e Jamaica - e pediu para "não baixar a guarda" para evitar a propagação do vírus

AFP
07/10/2020 às 17:48.
Atualizado em 24/03/2022 às 10:57

A Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) alertou nesta quarta-feira (7) para uma "transmissão intensa" da covid-19 no Caribe, mesmo em locais com uma boa gestão da pandemia - como Cuba e Jamaica - e pediu para "não baixar a guarda" para evitar a propagação do vírus.

"Nos últimos 60 dias, 11 países e territórios caribenhos passaram de transmissão moderada para intensa, o que é motivo de preocupação à medida que os países reabrem o espaço aéreo", afirmou Carissa Etienne, diretora da Opas, agência regional da Organização Mundial de Saúde (OMS).

"Estamos preocupados com o aumento dos casos, mesmo em lugares que gerenciaram a pandemia de forma eficaz, como Cuba e Jamaica", ressaltou ela.

Os países do Caribe, cujas economias dependem fortemente do turismo, reabriram suas fronteiras para viagens não essenciais a partir de julho.

Consultado pela AFP sobre os "pontos quentes" nesta zona, Sylvain Aldighieri, gerente de incidentes para a covid-19 na Opas, disse que Trinidad e Tobago e as Bahamas reportaram "um aumento importante da transmissão" desde então, destacando que neste último caso a complexidade é maior por se tratar de um arquipélago.

"É um risco com o qual os países terão que viver", disse Aldighieri sobre o fluxo de turistas, que considerou "vital" para sua economia.

"Não há uma única medida que funcione como uma varinha de condão", acrescentou, embora tenha pedido destaque para detecção e o rastreamento de casos.

A diretora destacou como "boas notícias" a queda nas taxas dos casos graves de covid-19 na região.

"Hoje, há menos pessoas hospitalizadas e precisam de menos cuidados intensivos do que antes", acrescentou.

Etienne atribuiu essa melhora ao aumento da compreensão científica em relação ao vírus desde que surgiu na China no final do ano passado, além do aumento no número de laboratórios, leitos hospitalares e treinamento de profissionais de saúde.

No entanto, ela insistiu na necessidade de continuar usando máscaras e manter distanciamento físico dos demais.

"Não é hora de baixar a guarda. A transmissão ainda é muito alta em nossa região", alertou.

O continente americano é a região do mundo mais afetada pela pandemia global declarada em março. Com mais de 17 milhões de casos e mais de 574.000 mortes, concentra a metade de todos os contágios e mais da metade de todos os óbitos por covid-19 do planeta.

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