INTERNACIONAL

ONU lança busca por vacina contra COVID-19, que soma mais de 190.000 mortos

A ONU anunciou nesta sexta-feira (24) uma iniciativa internacional para encontrar uma vacina contra o novo coronavírus, enquanto milhões de muçulmanos iniciavam a celebração de um Ramadã em confinamento pela pandemia, que matou mais de 190

AFP
24/04/2020 às 22:30.
Atualizado em 31/03/2022 às 01:51

A ONU anunciou nesta sexta-feira (24) uma iniciativa internacional para encontrar uma vacina contra o novo coronavírus, enquanto milhões de muçulmanos iniciavam a celebração de um Ramadã em confinamento pela pandemia, que matou mais de 190.000 pessoas no mundo, inclusive mais de 50.000 nos Estados Unidos.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) lançou uma iniciativa "histórica", ao reunir vários países, entre eles França e Alemanha, para acelerar a produção de vacinas e tratamentos contra a COVID-19, que deixou mais de 190 mil mortos no mundo.

"É uma colaboração histórica para acelerar o desenvolvimento, a produção e a distribuição equitativa de vacinas, de testes de diagnóstico e de tratamentos para a COVID-19", disse o diretor da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus.

Lutar contra a atual pandemia será o "esforço de saúde pública mais maciço da história", disse o secretário-geral da ONU, António Guterres.

O novo coronavírus contagiou 2,77 milhões de pessoas em todo o mundo e deixou 193.930 mortos desde que emergiu em dezembro na cidade chinesa de Wuhan.

O número de novos casos parece ter se estabilizado em torno dos 80.000 diários, após a aplicação de medidas de quarentena em quase todo o mundo, e o balanço diário de falecidos nos países ocidentais parece estar caindo.

A OMS não deixa de insistir, no entanto, em que não é o momento de reduzir os esforços e que uma segunda onda da pandemia pode ocorrer a qualquer momento.

O mundo muçulmano deu início nesta sexta ao Ramadã, durante o qual os crentes se abstêm de comer e beber do nascer ao por-do-sol, e que é tradicionalmente um período para compartilhar e se reunir. Também é um período de reunião e recolhimento, no qual os muçulmanos vão em massa às mesquitas, sobretudo à tarde e à noite.

Mas a maioria dos muçulmanos no Oriente Médio, no norte da África e na Ásia fecharam as mesquitas e proibiram as congregações noturnas, com o beneplácito das autoridades religiosas.

Na cidade sagrada de Meca, a Grande Mesquita, que costuma receber dezenas de milhares de fiéis durante o Ramadã, estava deserta depois que as autoridades religiosas suspenderam a Umrah, uma peregrinação que os muçulmanos podem realizar em qualquer momento do ano.

Em locais como Bangladesh, Paquistão e Indonésia - o país muçulmano mais populoso do mundo -, clérigos e políticos conservadores recusaram, no entanto, as medidas de distanciamento social e se negaram a cancelar as congregações mas mesquitas.

Nos Estados Unidos, país mais afetado pela pandemia, com 890.000 casos confirmados, o número de mortos pelo novo coronavírus situou-se nesta sexta-feira em 51.017 pessoas, mais de um quarto dos mortos no mundo, segundo contagem da Universidade Johns Hopkins.

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