O Conselho de Segurança da ONU adotou na sexta-feira (12) uma resolução estendendo o mandato da missão de manutenção da paz da União Africana na Somália até dezembro, e pediu às autoridades somalis que realizassem eleições "sem mais demora"
O Conselho de Segurança da ONU adotou na sexta-feira (12) uma resolução estendendo o mandato da missão de manutenção da paz da União Africana na Somália até dezembro, e pediu às autoridades somalis que realizassem eleições "sem mais demora".
O texto de 13 páginas, redigido pela Grã-Bretanha, foi aprovado por unanimidade pelos 15 membros do Conselho, disseram fontes diplomáticas.
A sua adoção é o resultado de intensas negociações, devido às divergências apresentadas no último mês pelos países ocidentais e pelos membros africanos do Conselho - Quênia, Níger e Tunísia - que obrigaram Londres a adiar a votação por 15 dias.
A questão do financiamento da força da União Africana, conhecida como Amisom, foi um dos pontos de discórdia.
Depois que o resultado da votação foi anunciado, o Níger emitiu, em nome dos Estados membros africanos, uma declaração longa e crítica sobre como a Grã-Bretanha conduziu as negociações.
"Algumas das nossas propostas foram rejeitadas sem qualquer explicação convincente", disse Abdou Abarry, embaixador do Níger. "O texto final não reflete as posições da União Africana", continuou.
A Somália perdeu o prazo para a realização de eleições em 8 de fevereiro, quando o presidente Mohamed Abdullahi Mohamed, mais conhecido pelo apelido de Farmajo, deveria renunciar, gerando uma crise constitucional no já frágil Estado.
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