INTERNACIONAL

ONG denuncia 'escalada' de expulsões ilegais de refugiados na Grécia

As violações dos direitos dos imigrantes e refugiados na Grécia registraram em 2020 "uma escalada inédita", denunciou nesta sexta-feira (12) uma ONG, criticando a atuação da agência europeia de controle de fronteiras, Frontex

AFP
12/02/2021 às 16:11.
Atualizado em 23/03/2022 às 17:46

As violações dos direitos dos imigrantes e refugiados na Grécia registraram em 2020 "uma escalada inédita", denunciou nesta sexta-feira (12) uma ONG, criticando a atuação da agência europeia de controle de fronteiras, Frontex.

O Parlamento Europeu está investigando a atuação dos guarda-costas europeus, membros da Frontex. No entanto, um estudo realizado pela ONG Mare Liberum entre março e dezembro de 2020 revela uma "escalada inédita das violações de direitos humanos no mar Egeu, na fronteira marítima e terrestre" entre Grécia e Turquia, indicou a organização alemã.

"Mais de 9.000 pessoas [que tentavam chegar à Grécia] foram violentamente expulsas para a Turquia e privadas de seu direito ao asilo, segundo 321 incidentes documentados" pela ONG, que afirmou que havia "reconstruído os casos das vítimas a partir de seus relatos, por exemplo".

Enfatizando que a expulsão nas fronteiras externas da União Europeia (UE) "não é um fenômeno invulgar", Mare Liberum salienta que, para além da guarda costeira grega, "a Frontex, mas também os navios sob o comando da NATO, estão envolvidos nessas expulsões sistemáticas e ilegais ".

"Essas expulsões não são casos isolados [...] e sim um "modus operandi" recorrente e cotidiano nas fronteiras exteriores da UE", considerou Paul Hankel, um dos autores do estudo de Mare Liberum, que trabalha desde 2018 no mar Egeu.

Desde sua chegada ao poder em 2019, o governo grego, de viés conservador, decidiu dar prioridade a "segurança" das fronteiras exteriores, adotando uma política restrita sobre as migrações e controlando cada vez mais a atividade de ONGs que operam na Grécia.

"2020 é um ano de transição [...] temos reduzido o fluxo em 80%, aplicando uma política eficaz", declarou satisfeito, em janeiro, Notis Mitarachi, ministro de Imigrações e Asilo.

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