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OMS inicia investigação em Wuhan, enquanto pandemia isola o Brasil

Especialistas da Organização Mundial da Saúde (OMS) iniciaram nesta quinta-feira (28), na cidade chinesa de Wuhan, sua delicada investigação sobre a origem do coronavírus, cuja nova explosão no Brasil começa a isolar o país sul-americano do mundo

AFP
28/01/2021 às 10:22.
Atualizado em 23/03/2022 às 19:13

Especialistas da Organização Mundial da Saúde (OMS) iniciaram nesta quinta-feira (28), na cidade chinesa de Wuhan, sua delicada investigação sobre a origem do coronavírus, cuja nova explosão no Brasil começa a isolar o país sul-americano do mundo.

Após duas semanas de quarentena, a equipe da OMS poderá iniciar a investigação em um contexto de tensão. A China acusou os Estados Unidos de tentarem "politizar" a missão, depois que os americanos disseram que avaliariam a "credibilidade do relatório".

Uma equipe da AFP observou uma dúzia de membros da missão embarcando em um ônibus que esperava em frente ao hotel. O veículo seguiu para um destino desconhecido em Wuhan, onde a covid-19 explodiu no final de 2019.

A investigação nesta cidade do centro da China é bastante delicada para Pequim, que tenta se eximir de qualquer responsabilidade nesta crise sanitária global.

E começa mais de um ano após o aparecimento do vírus, que até agora já deixou mais de 2,1 milhões de mortes e mais de 100 milhões de casos em todo mundo.

Na terça-feira, foram registradas mais de 18 mil mortes no planeta, um recorde desde o início da pandemia, de acordo com um balanço estabelecido pela AFP.

Na quarta-feira, foram registradas 16.585 novas mortes e 584.147 infecções no mundo. De acordo com os últimos balanços oficiais, os países que mais registraram mortes são Estados Unidos, com 3.618, Reino Unido (1.725) e México (1.623).

Com mais de 425.000 mortes em 25,4 milhões de casos, os Estados Unidos são o país mais atingido pela covid-19, seguido por Brasil (quase 220.000 óbitos), Índia (cerca de 154.000) e México (152.000), conforme balanço da AFP feito com base em dados oficiais.

No México, o presidente Andrés Manuel López Obrador, com covid-19, evolui "positivamente", e o magnata Carlos Slim, o homem mais rico da América Latina, está "muito bem", apesar de internado para "monitoramento" por conta do coronavírus.

O Brasil seria o país que pior administrou a pandemia, de acordo com um estudo do Institut Lowy, publicado na Austrália. México e Colômbia acompanham o gigante sul-americano nas últimas colocações dessa classificação, liderada pela Nova Zelândia.

A Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) descreveu na quarta-feira como "preocupante" e "crítica" a incidência da pandemia no Brasil, onde há "grande número de casos e mortes" em Brasília, São Paulo e Bahia.

Diante dessa situação e do surgimento de uma nova cepa no país, a Colômbia seguiu os passos de Portugal, Turquia, Marrocos e Peru e decidiu suspender todos os voos com o Brasil a partir de sexta-feira. A Alemanha planeja reduzir seu tráfego aéreo com o gigante sul-americano.

"A decisão básica é que não queremos nenhum tráfego, nenhuma entrada de zonas de mutação em nosso território", disse o ministro alemão do Interior, Horst Seehofer, nesta quinta.

De fato, e enquanto os países tentam acelerar a administração de vacinas, cujo desenvolvimento em menos de um ano representa um marco científico, a preocupação está centrada nas novas cepas do vírus que também surgiram no Reino Unido e na África do Sul.

A variante britânica do coronavírus estava presente em pelo menos 70 países em 25 de janeiro, dez a mais do que na contagem anterior, dia 19, um avanço também registrado pela sul-africana (de 23 para 31) e pela brasileira (de 2 para 8), de acordo com a OMS.

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