RANKING INTERNACIONAL

Odontologia da FOP entre as melhores do mundo

A iniciativa pesquisou mais de 3,8 mil instituições de Ensino

Juliana Franco
06/09/2016 às 11:07.
Atualizado em 28/04/2022 às 04:42
Guilherme Henriques: 'Os indicadores de qualidade melhoram por conta das publicações' (Antonio Trivelin)

Guilherme Henriques: 'Os indicadores de qualidade melhoram por conta das publicações' (Antonio Trivelin)

Com base nos pilares da pesquisa, Ensino, empregabilidade e internacionalização, o curso de Odontologia da FOP/Unicamp (Faculdade de Odontologia de Piracicaba/Universidade Estadual de Campinas) é o 20º melhor do mundo. A informação é da pesquisa internacional QS World University Rankings 2016/17, que está na 13ª edição. Divulgada nesta segunda-feira (5), pela QS Quacquarelli Symonds, a iniciativa pesquisou mais de 3,8 mil instituições de Ensino, das quais 916 foram ranqueadas. A Unicamp ganhou quatro posições no ranking e ficou na 191ª colocação. Em um ano, o curso da FOP perdeu três posições - em 2015, ocupava a 17ª colocação. A USP (Universidade de São Paulo) é a instituição de Ensino brasileira com a melhor colocação: chegou a sua melhor posição em todas as edições do ranking, pulando da 127ª, em 2013, para a 120ª. O Brasil segue na liderança do Ensino Superior na América Latina, com 22 universidades listadas, à frente da Argentina, com 16, e do México, com 14. O estudo analisa a universidade como um todo - desmembrando apenas os cursos. Apesar de não ter citado os campus, entre os cursos oferecidos pela Esalq/USP (Escola Superior de Agricultura 'Luiz de Queiroz'), o de Ciências Econômicas foi o que ganhou mais posições no ranking. No QS World University Rankings 2015 ocupava a 101ª posição e foi para 51ª neste ano. Engenharia Agronômica e Engenharia Florestal passou da 24ª colocação para a 26ª. FOP De acordo com o diretor da FOP, Guilherme Elias Pessanha Henriques, a instituição de ensino tem mantido sucesso na área de pesquisa, na última década. "Consequentemente, os indicadores de qualidade melhoram por conta das publicações em periódicos de grande circulação. São trabalhos de impacto na literatura acadêmica", afirma. Ainda segundo Henriques, a faculdade é muito concisa - dos 89 docentes, apenas cinco não se dedicam exclusivamente à instituição de Ensino. São 400 alunos de graduação e 650 em pós-graduação. "Este é o primeiro ano que temos a turma do 5º ano de Odontologia. São 80 estudantes em cada ano de Odontologia e, em 2017, vamos completar 60 anos de atuação. Apesar de fazer parte da Unicamp, ela nasceu quase uma década antes". Pesquisa Pela quinta vez consecutiva, o Massachusetts Institute of Technology (MIT), localizada nos Estados Unidos, ficou com a primeira posição entre as melhores universidades do mundo. A metodologia utilizada no levantamento consiste em seis indicadores: reputação acadêmica (40%), reputação do empregador (10%), relação entre corpo docente e estudante (20%), citações por docente (20%), estudantes internacionais (5%) e docentes internacionais (5%). O crescimento da USP é resultado do aumento dos itens reputação acadêmica e reputação do empregador. No âmbito dessas métricas, a universidade se destaca entre as Top 50. No entanto, o bom ano da USP vai na contramão da educação superior brasileira: 18 das 22 universidades perderam posições na lista - oito delas, mais de 50 colocações, enquanto outras quatro saíram do TOP 800, e outras três, do TOP 500. O levantamento mostra ainda uma série de quedas consistentes nas proporções entre estudantes e professores no Brasil, métrica usada como parâmetro para a qualidade do ensino. Sob este aspecto, 16 das 22 universidades brasileiras apresentaram queda no indicador, apontando que o país ainda busca melhorar seus problemas recorrentes de acesso à educação superior. Outro ponto destacado é baixa performance em pesquisa. Todas as 22 instituições tiveram queda no número de citações por corpo docente (CpF, na sigla em Inglês), enquanto a USP fica entre as 500 melhores nesta métrica. "Embora o crescimento da USP seja louvável, nossa métrica sobre docentes por estudantes sugere que o sistema como um todo tem falhado em oferecer acesso suficientemente igualitário à educação superior. A performance das instituições mais importantes do País continua a melhorar, mas, se a nação pretende emergir da pior recessão em décadas, toda a estrutura do Ensino Superior brasileiro precisa equipar todos os alunos com a educação necessária para melhorar tanto a produção quanto o resultado de pesquisas", afirma Ben Sowter, chefe da Divisão de Pesquisa da QS. A Gazeta de Piracicaba entrou em contato com a Esalq/USP, mas até o fechamento desta edição não obteve resposta.

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