INTERNACIONAL

O 'sprint' final na turbulenta corrida para a Casa Branca

Já abalada por múltiplas crises, a corrida presidencial dos Estados unidos passa por mais turbulência após o contágio de Donald Trump por covid-19, que deixou a campanha em uma situação de incerteza sem precedentes, quatro semanas antes das eleições de 3 de novembro

AFP
05/10/2020 às 21:15.
Atualizado em 24/03/2022 às 11:07

Já abalada por múltiplas crises, a corrida presidencial dos Estados unidos passa por mais turbulência após o contágio de Donald Trump por covid-19, que deixou a campanha em uma situação de incerteza sem precedentes, quatro semanas antes das eleições de 3 de novembro.

Diante disso, confira os diferentes aspectos sobre o andamento da disputa entre Trump e seu rival democrata, o ex-vice-presidente Joe Biden, e uma perspectiva do que esperar nas próximas semanas, até o dia da eleição.

Apesar de ter retornado à Casa Branca na noite desta segunda-feira, após três dias de internação, a incerteza tem cercado o estado de saúde do presidente de 74 anos. Seus médicos forneceram informações contraditórias e não explicaram completamente por que o presidente recebeu um coquetel experimental de anticorpos se seu progresso era satisfatório.

No entanto, um importante assessor do presidente havia dito nesta segunda "otimista" e o próprio Trump antecipou que deixaria o hospital militar Walter Reed no final da tarde para retornar à Casa Branca, o que de fato ocorreu.

Enquanto isso, uma coisa é certa: a infecção deixou Trump fora da campanha eleitoral em um momento crucial. Seus comícios barulhentos estão suspensos e Trump está se mantendo longe dos eleitores em estados decisivos, como a Flórida e a Pensilvânia, onde precisa vencer para ser reeleito.

O confinamento de Trump não impede os planos de Biden, que fez uma pausa nas declarações anti-Trump por um dia, mas não interrompeu sua campanha presencial em estados-chave.

"Desde o início da pandemia, nossa campanha deu o exemplo e priorizou a saúde e a segurança de nossos apoiadores, nossa equipe e do público em tudo o que fazemos", disse o secretário de imprensa de Biden, TJ Ducklo, à AFP.

"Tomamos medidas extraordinárias para garantir que estamos fazendo campanha de forma segura", acrescentou.

Na segunda-feira, Biden, cujo exame para o coronavírus deu negativo várias vezes desde a sexta-feira, foi à Flórida para cortejar eleitores latinos em um distrito eleitoral decisivo.

Mais tarde, participará de um evento transmitido ao vivo pela televisão com perguntas do público. Na quinta-feira, chegará ao Arizona.

Biden tem sido meticuloso ao usar máscara em público, como os especialistas em saúde do governo recomendam aos americanos, ao contrário de Trump, que costuma evitar usá-la e até zomba de seu adversário.

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