Javier Sotomayor saltou tão alto que até hoje ninguém conseguiu superá-lo. O cubano que quebrou o recorde ao saltar 2,45 m em 1993, acostumado a longas interrupções na carreira por causa das lesões, pede aos atletas que não deixem a pandemia abalar seus sonhos
Javier Sotomayor saltou tão alto que até hoje ninguém conseguiu superá-lo. O cubano que quebrou o recorde ao saltar 2,45 m em 1993, acostumado a longas interrupções na carreira por causa das lesões, pede aos atletas que não deixem a pandemia abalar seus sonhos.
Além do recorde estabelecido há 27 anos no salto em altura, Sotomayor tem também as melhores marcas em competições indoor (2,43 m), entre juniores (Sub-18, 2,33 m), assim como o ouro olímpico em Barcelona-1992, a prata em Sydney-2000 seis títulos mundiais e três Pan-Americanos.
Com 52 anos e pai de 5 filhos, o hoje Secretário da Federação Cubana de Atletismo e técnico responde a um questionário apresentado pela AFP a personalidades do mundo acadêmico, cultural e esportivo sobre a crise que atinge a humanidade devido ao coronavírus.
1.- Qual tem sido sua atividade favorita durante este confinamento?
"Minha atividade favorita é o esporte. Aproveito que tenho um de meus filhos no atletismo e, para que não perca seu estado físico, lhe dou alguns exercícios e o acompanho".
2.- O que esta pandemia nos ensina?
"Uniu mais as pessoas, uniu mais os países, nos demos conta o quão importante é a saúde. Acredito que, para nós que tivemos mais tempo para passar com a família, é o positivo que tiramos dessa pandemia".
3.- Como você acredita que este desafio nos mudou?
"Na parte prática estamos retrocedendo como atletas, como técnicos e trabalhadores do esporte. São coisas que pouco a pouco iremos retomando. O mais importante é a saúde".
4.- Como você enxerga o mundo pós-coronavírus? Quais serão as soluções?
"É muito importante para os atletas -eu estou aposentado, mas para os atletas em atividade- ter grandes resultados, mas principalmente ter saúde.
Sem saúde não se pode conquistar todos esses sonhos que os atletas tentam alcançar, ainda mais que este ano teria os Jogos Olímpicos. Mas não são sonhos perdidos, temos a possibilidade de alcançá-los no ano que vem".