INTERNACIONAL

O método chinês contra a covid-19: códigos QR e "passaporte de saúde"

A China lançou um "passaporte de saúde" digital para reativar as viagens internacionais, um ano depois que a Organização Mundial da Saúde (OMS) decretou a pandemia da covid-19

AFP
15/03/2021 às 15:44.
Atualizado em 22/03/2022 às 09:06

A China lançou um "passaporte de saúde" digital para reativar as viagens internacionais, um ano depois que a Organização Mundial da Saúde (OMS) decretou a pandemia da covid-19.

O primeiro país a ser atingido pelo vírus e a confinar sua população também foi um dos pioneiros na generalização do uso de códigos QR para controle de movimentos, identificação de casos de contato e isolamento de enfermos.

Os chineses dificilmente escapam do ritual de escanear um código de barras com o celular com um aplicativo que entrega um passe "verde", sinônimo de boa saúde.

Este processo é necessário na entrada de um edifício, uma empresa ou um parque, assim como para embarcar em um avião, trem ou táxi.

Se uma pessoa está doente, seus casos de contato podem ser identificados rapidamente. Na China, os aplicativos de rastreamento anticovid estão diretamente associados a um número de identidade.

No celular, aparece um "código de saúde" colorido: verde (sem problemas), amarelo (obrigação de permanecer em quarentena em casa) ou vermelho (quarentena em local previsto para isso).

Na China, há uma infinidade de aplicativos anticovid dependendo das cidades e regiões, mas nem todos eles coletam as mesmas informações.

O aplicativo do governo é baseado em dados de geolocalização fornecidos pelas operadoras e analisa os movimentos nos 14 dias anteriores.

Isso possibilita saber se um indivíduo esteve em uma área de alto risco ou se encontrou alguém com covid-19.

Outros aplicativos usam fontes diferentes, como reservas de passagens de trem ou avião.

O aplicativo de rastreamento não é obrigatório, mas, na prática, é quase impossível acessar um espaço público ou se locomover sem ele.

Em 2020, a imprensa noticiou o caso de um criminoso em fuga há 24 anos que acabou se entregando, já que era quase impossível se locomover sem um aplicativo ou celular.

Na China, as poucas pessoas sem telefone ou crianças pequenas recebem um código QR para pendurar no pescoço.

Durante uma verificação, as autoridades só precisam escanear para ter certeza de que não vem das chamadas áreas de risco.

A China é atualmente um dos poucos países que recuperou um ritmo de vida quase normal devido, entre outras medidas, ao uso generalizado de máscaras e exames diagnósticos massivos.

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