INTERNACIONAL

Número de mortes da pandemia de coronavírus supera 5.000 no mundo

A pandemia do novo coronavírus deixou mais de 5.000 mortos em todo o mundo e o número de infectados continua aumentando, enquanto os governantes reagem de maneiras diferentes à crise, que obriga milhões de pessoas a permanecer em suas casas e a mudar radicalmente os hábitos para evitar o contágio

AFP
13/03/2020 às 10:50.
Atualizado em 05/04/2022 às 01:22

A pandemia do novo coronavírus deixou mais de 5.000 mortos em todo o mundo e o número de infectados continua aumentando, enquanto os governantes reagem de maneiras diferentes à crise, que obriga milhões de pessoas a permanecer em suas casas e a mudar radicalmente os hábitos para evitar o contágio.

Escolas, bares, museus e outros locais públicos permanecem fechados, as partidas de futebol e espetáculos artísticos foram adiados e até os funerais estão esvaziados. Milhões de pessoas cancelam viagens e limitam seus deslocamentos, enquanto os países buscam formas de blindagem.

Com mais de 134.000 pessoas infectadas e mais de 5.040 mortes, a pandemia de COVID-19 não conhece fronteiras nem barreiras sociais e a cada dia afeta novos países e territórios. Entre os infectados estão ministros, atores e atletas de elite.

"Esta é a crise de saúde mais grave em um século", resumiu o presidente francês Emmanuel Macron.

Na Espanha, segundo país da Europa mais afetado pela pandemia depois da Itália, as autoridades colocaram quatro localidades da região da Catalunha em quarentena e anunciaram o fechamento de escolas e universidades em todo o território.

O país tem 4.200 casos e 120 mortes, de acordo com as autoridades.

A epidemia mudou o modo de vida dos espanhóis, que passaram a evitar, por exemplo, o café no balcão dos bares.

Na Itália, com 1.016 mortos e 15.113 casos, Roma virou uma cidade fantasma. Todos os estabelecimentos comerciais, exceto os considerados essenciais, estão fechados e os habitantes permanecem em suas casas. As igrejas permanecerão fechadas até 3 de abril.

A França, com quase 3.000 infectados e 61 mortos, se unirá a partir de segunda-feira à lista de países que decidiram fechar todos os centros de ensino. Em um discurso, o presidente Emmanuel Macron anunciou medidas excepcionais, mas não suspendeu as eleições municipais de domingo.

Outros países europeus, como Eslováquia e República Tcheca, fecharam as fronteiras e proibiram a entrada de turistas de determinados países.

A comissária europeia de Assuntos Internos, Ylva Johansson, pediu aos países do continente medidas "coordenadas, operacionais, proporcionais e eficazes".

Na América Latina, países como Argentina, Chile, Colômbia, Venezuela ou Peru também decretaram o cancelamento de voos, quarentenas obrigatórias e restrições para os viajantes procedentes da Europa, China e outras zonas afetadas pela COVID-19. A região tem oficialmente três mortes e 270 casos da doença.

Depois da hecatombe de quinta-feira nas Bolsas, quando os mercados europeus registraram quedas de até 17%, os piores resultados em décadas, os mercados operavam em alta nesta sexta-feira.

A economia foi abalada pelo discurso do presidente Donald Trump, que proibiu temporariamente a entrada nos Estados Unidos de estrangeiros procedentes da Europa, assim como pelas medidas consideradas frágeis anunciadas pelo Banco Central Europeu (BCE), que não conseguiram injetar a calma necessária.

O medo de uma recessão é grande e vários países anunciaram medidas financeiras excepcionais para combater o choque.

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