INTERNACIONAL

Novo recorde de mortes por covid-19 nos EUA, enquanto vacina da AstraZeneca alimenta esperanças

Os Estados Unidos registraram quase 4.000 mortos por covid-19 em 24 horas, um novo recorde, enquanto o mundo termina o ano com a esperança de que as vacinas permitam erradicar o vírus

AFP
31/12/2020 às 12:52.
Atualizado em 23/03/2022 às 19:52

Os Estados Unidos registraram quase 4.000 mortos por covid-19 em 24 horas, um novo recorde, enquanto o mundo termina o ano com a esperança de que as vacinas permitam erradicar o vírus.

O país mais abalado no mundo pela pandemia registrou, na quarta-feira (30), 3.927 mortes, de acordo com dados da Universidade Johns Hopkins. E, com 189.671 novas infecções em um dia, os Estados Unidos se aproximam dos 20 milhões de casos.

Nesta quinta-feira, completa-se um ano desde que a China notificou o primeiro caso à Organização Mundial da Saúde (OMS).

Um ano depois, o vírus causou cerca de 1,8 milhão de mortes em todo mundo e mais de 82 milhões de casos de contágio, de acordo com balanço feito pela AFP.

Neste momento, autoridades e especialistas temem que as viagens pelas festas de fim de ano aumentem a propagação da doença.

Os países correm para vacinar suas populações, mas muitos deles não renunciam às medidas de confinamento, como Alemanha, Irlanda e Inglaterra.

Com mais de 72.500 mortes, o Reino Unido enfrenta um aumento nas infecções atribuídas a uma variante do vírus. Segundo um estudo britânico, ela é mais contagiosa (entre 50% e 74%) e está sendo detectada em um número cada vez maior de países.

Para sair da crise, as autoridades apostam nas vacinas. Ontem, a Agência Britânica de Medicamentos (MHRA, na sigla em inglês) deu sinal verde para o imunizante do laboratório AstraZeneca e da Universidade de Oxford. A Argentina também concedeu autorização para esta vacina na quarta-feira e, horas depois, El Salvador fez o mesmo.

O primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, celebrou uma notícia "realmente fantástica" e um "triunfo da ciência britânica".

A vacina da AstraZeneca começará a ser usada no Reino Unido a partir de 4 de janeiro. O país já encomendou 100 milhões de doses.

Uma autorização desta vacina ainda em janeiro pela União Europeia parece pouco provável, conforme a Agência Europeia de Medicamentos (EMA). Já os Estados Unidos esperam autorizá-la apenas em abril, afirmou o conselheiro-chefe do programa de vacinação do país, Moncef Slaoui.

A vacina AstraZeneca/Oxford é muito esperada por motivos práticos: é muito mais barata que a já distribuída pela Pfizer/BionTech e pode ser armazenada em temperaturas entre 2°C e 8°C, o que facilita a vacinação em larga escala.

Uma vacina desenvolvida pela gigante americana Johnson & Johnson pode ser aprovada em fevereiro nos Estados Unidos. Ela também é muito aguardada, porque requer dose única, em vez das duas exigidas pelos imunizantes aprovados até agora.

Por enquanto, duas vacinas (Pfizer/BioNTech e Moderna) foram licenciadas nos Estados Unidos, e cerca de 2,8 milhões de pessoas receberam suas primeiras doses - ainda longe da meta do governo Donald Trump.

A variante do vírus descoberta no Reino Unido acaba de ser identificada no oeste dos Estados Unidos, com dois primeiros casos detectados oficialmente no Colorado, e outro, em San Diego, no sul da Califórnia.

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