Cerca de um mês após a decisão dos Emirados Árabes de normalizar suas relações com Israel, um acordo semelhante foi anunciado nesta sexta-feira (11) entre o Barein, outra monarquia árabe do Golfo, e o estado hebreu
Cerca de um mês após a decisão dos Emirados Árabes de normalizar suas relações com Israel, um acordo semelhante foi anunciado nesta sexta-feira (11) entre o Barein, outra monarquia árabe do Golfo, e o estado hebreu.
Quando esteve em Israel no mês passado, o chefe da diplomacia americana, Mike Pompeo, mostrou-se "otimista" com a ideia de que "outros países árabes" normalizariam suas relações com o Estado hebreu, depois de registrada a decisão dos Emirados, anunciada em 13 de agosto.
Antes dos dois países do Golfo, Egito e Jordânia já tinham estabelecido relações oficiais com Israel, respectivamente em 1979 e 1994.
A Arábia Saudita, por sua vez, descartou a normalização das relações bilaterais antes que um acordo de paz seja alcançado entre Israel e os palestinos.
Omã saudou rapidamente o acordo entre Israel e os Emirados. No entanto, o país reiterou seu apego aos "direitos" dos palestinos de ter um "estado com Jerusalém Oriental como capital".
Tão próximo dos Estados Unidos quanto do Irã, que é inimigo de Washington, Omã apostou na carta da neutralidade e da mediação em meio a conflitos regionais. Em 2018, o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, fez uma visita a Muscat, capital de Omã.
Sultan Haitham, que substituiu o falecido Qabus em janeiro passado, "não se arriscaria a uma virada tão polêmica por enquanto", ressaltou Cinzia Bianco, pesquisadora do Conselho Europeu de Relações Internacionais.
O Catar, próximo do Irã e diplomaticamente distante dos Emirados, não reagiu ao acordo de normalização com Israel.
O Catar hospedou um escritório comercial israelense de 1996 a 2000 e não esconde seus contatos com o estado hebraico. Está envolvido na Faixa de Gaza por causa da sua proximidade com o movimento islâmico palestino Hamas, que controla este enclave sob bloqueio israelense.
Em 2019, o Catar, assim como a ONU e o Egito, favoreceram uma trégua entre Israel e o Hamas, prevendo a autorização por parte do estado hebreu para a entrada de ajuda financeira do Catar à Faixa de Gaza.
"Agora que o Catar está cooperando com Israel para apoiar a causa palestina (...), não normalizará suas relações enquanto o processo de paz continuar bloqueado", explica Andreas Krieg, analista da King"s College London.