INTERNACIONAL

Nível de alerta mundial máximo e aumento exponencial de casos de coronavírus na Coreia do Sul

A Coreia do Sul registrou neste sábado (29) seu maior número de infecções desde o início da epidemia do novo coronavírus, cuja disseminação mundial levou a Organização Mundial da Saúde (OMS) a aumentar seu nível de alerta para esse vírus que já afeta negativamente a economia

AFP
29/02/2020 às 10:29.
Atualizado em 07/04/2022 às 09:16

A Coreia do Sul registrou neste sábado (29) seu maior número de infecções desde o início da epidemia do novo coronavírus, cuja disseminação mundial levou a Organização Mundial da Saúde (OMS) a aumentar seu nível de alerta para esse vírus que já afeta negativamente a economia.

A epidemia, que já causou mais de 2.900 mortes e mais de 85.000 infecções - das quais 2.838 mortos e 79.285 casos na China - afundou os mercados financeiros na sexta-feira a um dos níveis mais baixos desde a crise de 2008-2009.

A Coreia do Sul, o segundo país mais afetado depois da China, registrou neste sábado 813 novos casos, o maior aumento em um dia, elevando o saldo total para 3.150 infecções, dos quais 16 morreram.

Além disso, as autoridades de saúde do país anunciaram um primeiro caso de reinfecção, ou seja, uma mulher de 73 anos que já esteve doente, curada e voltou a testar positivo.

A OMS elevou a ameaça do novo coronavírus a um nível "muito alto" e instou os países que ainda não foram afetados a se prepararem para a chegada do COVID-19 (o nome da doença causada pelo vírus), porque assumir que está protegido seria um "erro fatal".

A lista de países que registraram suas primeiras infecções não para de crescer.

Depois do Brasil, um segundo país da América Latina detectou casos na sexta-feira, o México, com três confirmações de coronavírus em pessoas que estiveram recentemente na Itália.

Na Nigéria, um italiano que chegou a Lagos proveniente de Milão testou positivo, tornando este país o primeiro da África subsaariana com o novo coronavírus. Dois outros países do continente africano, Egito e Argélia, já haviam anunciado casos.

Na China, onde o novo coronavírus apareceu em dezembro, o número de contaminações continua a diminuir, principalmente graças às medidas de isolamento de mais de 50 milhões de pessoas.

Outros países estão, no entanto, se tornando fontes de disseminação da epidemia, começando pela Coreia do Sul, Irã e Itália.

No Irã, a rádio BBC Persian, citando fontes médicas, informou que há pelo menos 210 pessoas mortas, muito mais do que números oficiais, que citam 34 mortos e 388 casos de infecção.

O porta-voz do ministério da Saúde iraniano, Kianuche Jahanpur, negou que os dados da BBC são verdadeiros e destacou "a transparência exemplar do Irã na publicação de informações sobre o coronavírus.

A Arábia Saudita, que já havia suspendido a entrada de peregrinos que viajavam para Meca, proibiu os cidadãos dos países do Conselho de Cooperação do Golfo (GCC) de entrar em suas cidades sagradas (Meca e Medina).

Na Itália, o COVID-19 já infectou quase 900 pessoas, das quais 21 morreram.

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