O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, pediu oficialmente nesta terça-feira (19) para ser dispensado de comparecer ao início do seu julgamento por corrupção no próximo domingo, apesar do Ministério da Justiça aparentemente insistir em sua presença
O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, pediu oficialmente nesta terça-feira (19) para ser dispensado de comparecer ao início do seu julgamento por corrupção no próximo domingo, apesar do Ministério da Justiça aparentemente insistir em sua presença.
Previsto para meados de março, o julgamento de Netanyahu foi adiado para 24 de maio devido à nova pandemia de coronavírus. Em teoria, Netanyahu se tornaria o primeiro chefe de governo em exercício na história de Israel a sentar-se no banco dos réus por crimes cometidos durante seu mandato.
Essa audiência pretende ler a acusação "cujos detalhes são bem conhecidos por nosso cliente", o que deve, segundo os advogados, impedir que o primeiro-ministro precise ir a tribunal.
O Ministério da Justiça respondeu à demanda dos advogados, assegurando em uma declaração que "a presença de um réu durante a leitura de sua acusação é importante para estabelecer publicamente o processo judicial".
O procurador-geral de Israel, Avichai Mandelblit, acusou Netanyahu em novembro, em três casos, por corrupção, fraude e quebra de confiança. Um deles, chamado de "4000" ou "Bezeq", o nome de uma empresa de telecomunicações, é particularmente sensível ao primeiro-ministro.
Neste dossiê, os tribunais suspeitam que Netanyahu tenha feito favores governamentais que poderiam ter gerado milhões de dólares para o diretor da empresa israelense Bezeq, em troca da cobertura favorável ao seu governo por uma das mídias do grupo, o portal Walla.
Netanyahu, que no último domingo recebeu sinal verde do Parlamento para um governo de unidade como primeiro-ministro junto com seu ex-rival eleitoral Benny Gantz, se declarou inocente nesses casos e denuncia um complô.
Em Israel, o primeiro-ministro não tem imunidade judicial, mas pode continuar no cargo apesar de uma acusação criminal, conforme determinado pela Suprema Corte.
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