O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, pediu desculpas nesta terça-feira (8) à família de um árabe israelense que foi morto pelas forças de segurança em 2017, após o classificarem erroneamente como "terrorista"
O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, pediu desculpas nesta terça-feira (8) à família de um árabe israelense que foi morto pelas forças de segurança em 2017, após o classificarem erroneamente como "terrorista".
"Quero me desculpar com a família Qiyan, cujo pai, um cidadão israelense, foi morto sob o pretexto de que era terrorista, quando não era", declarou Netanyahu.
Em janeiro de 2017, durante uma operação de demolição em uma aldeia beduína, um policial israelense e um morador árabe morreram em diferentes circunstâncias, de acordo com a versão das forças de segurança e dos habitantes.
O oficial Erez Levi foi morto em um atentado com um veículo, cujo motorista foi morto mais tarde, segundo a polícia, que o chamou de "terrorista". De acordo com testemunhas, porém, Yacub Musa Abu al-Qiyan foi abatido ao volante enquanto dirigia lentamente.
Na noite de segunda-feira, o jornalista israelense Amit Segal demonstrou com documentos que uma investigação policial interna concluiu que houve um erro, mas que o então comandante da polícia Roni Alcheikh optou por não revelar a verdade.
O primeiro-ministro disse na terça-feira que a polícia lhe garantiu em 2017 que se tratava de um ataque em que um veículo foi jogado contra seu alvo.
"Eles me disseram que era um terrorista e ontem descobrimos que não era, mas que ele foi designado como tal por promotores e policiais que estavam tentando encobrir" a realidade, disse ele.
"Este homem foi rotulado de terrorista apenas para (...) evitar que a polícia fosse considerada irresponsável", acusou Netanyahu, acusado de corrupção em três casos diferentes.
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