A Sérvia mudará sua embaixada situada em Israel do atual local, Tel Aviv, para Jerusalém, tornando-se o "primeiro país" da Europa a seguir o exemplo dos Estados Unidos, anunciou o primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu nesta sexta-feira (4)
A Sérvia mudará sua embaixada situada em Israel do atual local, Tel Aviv, para Jerusalém, tornando-se o "primeiro país" da Europa a seguir o exemplo dos Estados Unidos, anunciou o primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu nesta sexta-feira (4).
"Agradeço ao meu amigo, o presidente da Sérvia (...) pela decisão de reconhecer Jerusalém como a capital de Israel e por transferir a embaixada do seu país", declarou Netanyahu em um comunicado, que especificava que a mudança ocorrerá "em um período a partir de agora até julho de 2021".
Poucos minutos depois, os serviços de Netanyahu anunciaram o estabelecimento de relações diplomáticas com Kosovo, que não tinha laços bilaterais com Israel desde a proclamação de sua independência da Sérvia em 2008.
"Kosovo será o primeiro país com maioria muçulmana a abrir uma embaixada em Jerusalém", disse o primeiro-ministro israelense em um comunicado.
Pouco depois dos anúncios de Netanyahu, o secretário-geral da Organização para a Libertação da Palestina (OLP), Saeb Erakat, reagiu em Twitter assegurando que "a Palestina se tornou uma vítima das ambições eleitorais de Trump".
"Ele fará de tudo para garantir sua reeleição, não importa se isso destrói a paz", escreveu Erakat, referindo-se à eleição presidencial marcada para novembro nos Estados Unidos.
A decisão da Sérvia, que não é membro da União Europeia mas será o "primeiro país europeu" a seguir o exemplo dos Estados Unidos, coincide com o anúncio de Trump na sexta-feira de um acordo histórico entre Sérvia e Kosovo para normalizar as suas relações econômicas.
"Um dia verdadeiramente histórico", declarou Trump na Casa Branca, ao lado primeiro-ministro kosovar Avdullah Hoti e pelo presidente sérvio Aleksandar Vucic.
Com sua decisão, a Sérvia segue os passos dos Estados Unidos e da Guatemala, que transferiram suas embaixadas de Tel-Aviv para Jerusalém em maio de 2018, quebrando um consenso internacional sobre a Cidade Santa e provocando a ira dos palestinos.
O primeiro-ministro israelense agradeceu ao presidente americano por sua ajuda neste sucesso diplomático para Israel.
"Também gostaria de agradecer ao meu amigo, o presidente Trump, por sua contribuição para essa conquista", disse em um comunicado.
Tradicionalmente, a maioria das missões diplomáticas em Israel tem estado em Tel Aviv, e os países permaneceram neutros na disputada cidade de Jerusalém.
Trump quebrou essa barreira em dezembro de 2017, reconhecendo Jerusalém como a capital de Israel e movendo sua embaixada de Tel Aviv para a Cidade Santa.
O status de Jerusalém é de fato uma das questões mais espinhosas para a resolução do conflito israelense-palestino.
A ONU considera que a questão deve ser objeto de um acordo entre israelenses e palestinos, e que os países não devem estabelecer suas representações diplomáticas em Israel em Jerusalém.