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Negociações de paz no Afeganistão são retomadas em Doha

As negociações entre o Talibã e o governo de Cabul para alcançar a paz no Afeganistão foram retomadas nesta quarta-feira (6) em Doha, no Catar, anunciaram os dois em meio a um ressurgimento da violência no país

AFP
06/01/2021 às 17:20.
Atualizado em 23/03/2022 às 23:47

As negociações entre o Talibã e o governo de Cabul para alcançar a paz no Afeganistão foram retomadas nesta quarta-feira (6) em Doha, no Catar, anunciaram os dois em meio a um ressurgimento da violência no país.

Os meses de deliberações entre as partes quase não renderam frutos até agora, embora um acordo sobre o que especificamente será discutido durante a próxima rodada tenha sido considerado um avanço.

No início de dezembro, os negociadores decidiram interromper o processo após meses de reuniões, nas quais mal chegaram a um consenso sobre os termos das discussões.

"A segunda rodada das negociações interafegãs começou esta noite com uma reunião preparatória", tuitou na quarta-feira Mohamad Naeem, porta-voz do escritório de representação dos talibãs em Doha.

"Nessa reunião, ficou decidido que as equipes designadas por ambas as partes para discutir os itens da pauta começarão a trabalhar no próximo sábado", acrescentou.

A equipe de negociação do governo do Afeganistão logo depois publicou no Twitter uma declaração quase idêntica à dos insurgentes.

Representantes de Cabul tentarão pressionar por um cessar-fogo permanente e pelo respeito aos acordos de governança em vigor desde 2001, quando o Talibã foi derrotado por uma invasão liderada pelos Estados Unidos.

As negociações entre o governo afegão e os talibãs foram prejudicadas desde o início por uma escalada de violência.

Nesse contexto, o país duramente afetado pelo conflito foi recentemente palco de uma série de assassinatos seletivos de figuras proeminentes, como autoridades, ativistas e jornalistas.

O vice-governador da província de Cabul, cinco jornalistas, além de um famoso ativista a favor dos processos eleitorais estão entre os assassinados desde novembro.

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