INTERNACIONAL

NASA quer fazer um helicóptero voar em Marte pela primeira vez

Mais de um século depois do primeiro voo motorizado na Terra, a NASA quer provar que é possível fazer um veículo voar em outro planeta

AFP
15/02/2021 às 12:22.
Atualizado em 23/03/2022 às 17:59

Mais de um século depois do primeiro voo motorizado na Terra, a NASA quer provar que é possível fazer um veículo voar em outro planeta.

Transportado a bordo da missão Mars 2020, que chega ao seu destino na quinta-feira, o pequeno helicóptero Ingenuity deve realizar um feito histórico: subir no ar com uma densidade equivalente a apenas 1% da atmosfera terrestre.

Ingenuity, na verdade, se parece mais com um grande drone. O principal desafio para os engenheiros era torná-lo o mais leve possível, de modo que seja capaz subir em um ar extremamente leve. Pesa apenas 1,8 kg.

É composto por quatro pés, um corpo e duas hélices sobrepostas. Mede 1,2 metros de uma extremidade à outra de uma hélice.

As hélices girarão a uma velocidade de 2.400 rpm (rotações por minuto), aproximadamente cinco vezes mais rápido que um helicóptero padrão.

Ingenuity está equipado com painéis solares para recarregar suas baterias. Grande parte de sua energia servirá para se manter quente (faz -90 °C à noite em Marte). Também pode tirar fotos e vídeos.

O helicóptero viaja preso à parte inferior do corpo do Perseverance, o veículo principal da missão. Uma vez em Marte, se desprenderá para cair no solo e o rover rolará sobre ele para que possa se afastar.

Ingenuity deve realizar até cinco voos de dificuldade gradual durante um período de um mês imediatamente após a chegada do Perseverance.

Ingenuity pode subir até cinco metros de altura e se deslocar até 300 metros, mas irá muito menos longe no primeiro teste.

Cada voo pode durar o máximo de um minuto e meio, "o que não é pouca coisa em comparação com os 12 segundos" do primeiro voo motorizado na Terra, argumenta a NASA.

Devido ao atraso na transmissão de cerca de vinte minutos entre a Terra e Marte, não tem como controlá-lo à distância. Voará em autonomia: vai programado com alguns comandos, mas depois terá que valer por si mesmo graças a uma série de sensores que o ajudarão a se locomover.

Os resultados dos voos serão recebidos na Terra muito depois de acontecerem.

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