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Na corrida pela vacina contra a COVID, mundo debate obrigatoriedade

Em meio à corrida mundial para encontrar a vacina contra a COVID-19, Austrália e Estados Unidos lançaram nesta quarta-feira (19) o debate sobre sua aplicação obrigatória para conter o coronavírus, que não para de se disseminar enquanto as restrições se multiplicam pelo planeta para neutralizá-lo

AFP
19/08/2020 às 20:36.
Atualizado em 25/03/2022 às 16:05

Em meio à corrida mundial para encontrar a vacina contra a COVID-19, Austrália e Estados Unidos lançaram nesta quarta-feira (19) o debate sobre sua aplicação obrigatória para conter o coronavírus, que não para de se disseminar enquanto as restrições se multiplicam pelo planeta para neutralizá-lo.

O primeiro-ministro australiano, Scott Morrison, disse em uma entrevista a uma emissora de rádio que ser vacinado deveria "ser obrigatório".

"Sempre há exceções à vacina, por motivos médicos, mas devem ser as únicas", acrescentou.

Antecipando possíveis medidas antivacinas, Morrison disse que há muito em jogo para permitir que a doença continue a se espalhar.

"Estamos falando de uma pandemia que destruiu a economia mundial e causou centenas de milhares de mortes", disse ele.

O epidemiologista e assessor da Casa Branca, Anthony Fauci, disse nesta quarta-feira que quando houver uma vacina contra o novo coronavírus, sua aplicação não será exigida pelo governo dos Estados Unidos, embora possa se tornar obrigatória para crianças segundo leis locais.

"Não se pode impor ou tentar forçar ninguém a tomar uma vacina. Nunca fizemos isso", afirmou Fauci, integrante da equipe que assessora o governo norte-americano na crise sanitária, durante uma videoconferência com a Universidade George Washington.

Diante de um vírus que já tirou 781.883 vidas e infectou mais de 22 milhões de pessoas, segundo uma contagem da AFP com base em números oficiais, a disponibilidade de uma vacina ou de um tratamento eficaz é a esperança a que se apega o planeta.

De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), 168 possíveis vacinas estão sendo desenvolvidas, mas até o momento nenhuma está pronta para ser comercializada.

Nos Estados Unidos, país mais afetado pelo vírus com mais de 171.800 mortes, o laboratório Moderna tem um dos projetos mais avançados, na fase 3 de testes clínicos em humanos, última etapa antes da comercialização.

Paralelamente, uma vacina chinesa será testada em breve no Paquistão e na Arábia Saudita, em sua terceira fase de testes clínicos.

Desenvolvido pelo laboratório chinês CanSinoBio e pelo Instituto Chinês de Biotecnologia de Pequim, já foi testado na China, Rússia, Chile e Argentina.

O Brasil, segundo país do mundo mais atingido pela pandemia com pouco mais de 3,45 milhões de infecções e 111.100 mortes, aprovou nesta terça-feira os testes clínicos finais da vacina experimental da empresa Johnson & Johnson, o quarto projeto no país a receber luz verde para ser testado, antes da aprovação final.

Cuba iniciará os ensaios clínicos em seres humanos na próxima semana para seu projeto de vacinas "Sovereign 01", cujos resultados estão programados para fevereiro de 2021.

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