Milhares de pessoas participaram nesta sexta-feira das tradicionais mobilizações separatistas do Dia 11 de setembro na Catalunha, pressionadas pelas divisões políticas e pela pandemia do coronavírus, que obrigou esses protestos a se adaptarem
Milhares de pessoas participaram nesta sexta-feira das tradicionais mobilizações separatistas do Dia 11 de setembro na Catalunha, pressionadas pelas divisões políticas e pela pandemia do coronavírus, que obrigou esses protestos a se adaptarem.
"É um Diada excepcional dentro de uma situação excepcional, especialmente devido à pandemia, mas também devido ao momento político", reconheceu Joan Sales, contadora de 56 anos que se manifestou em Barcelona, capital desta região do nordeste da Espanha.
Para ter acesso ao evento, os manifestantes precisavam se cadastrar com antecedência, usar máscara, medir a temperatura e limpar as mãos com álcool em gel.
Os manifestantes foram colocados em cruzes marcadas no solo com espaçamento de dois metros. De acordo com os organizadores, que controlavam a capacidade de acesso aos eventos, 59.500 manifestantes atenderam à convocação, longe das centenas de milhares das edições anteriores.
Embora epidemiologistas e líderes políticos tenham desaconselhado a organização desses protestos devido ao forte aumento das infecções na Espanha, seus organizadores, a separatista Assembleia Nacional Catalã (ANC), os mantiveram.
Ao invés de organizar uma grande marcha como antes, eles dispersaram o protesto em mais de uma centena de eventos em frente a diferentes prédios da administração estadual da região.
Desde 2012, o Dia 11 de setembro, feriado regional na Catalunha, tem sido palco de protestos que já chegaram a mais de um milhão e meio de participantes.
Recentemente, eles perderam força e em 2019 registraram o menor comparecimento, com 600.000 pessoas.
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