INTERNACIONAL

Mundo tenta estabelecer blindagem ante o avanço do coronavírus

Vários países fecharam nesta quarta-feira centros de ensino, proibiram eventos e intensificaram as restrições de viagens, assim como as medidas para apoiar suas economias ante o avanço do coronavírus, especialmente na Itália, isolada pelo segundo dia e onde o número de mortes registrou forte alta

AFP
11/03/2020 às 11:50.
Atualizado em 07/04/2022 às 08:32

Vários países fecharam nesta quarta-feira centros de ensino, proibiram eventos e intensificaram as restrições de viagens, assim como as medidas para apoiar suas economias ante o avanço do coronavírus, especialmente na Itália, isolada pelo segundo dia e onde o número de mortes registrou forte alta.

Com escolas, restaurantes e cinemas fechados, atividades canceladas, funerais e casamentos proibidos, a vida cotidiana em muitos países foi alterada pela COVID-19, que matou 4.281 pessoa em todo o mundo e infectou 118.554, de acordo com um balanço da AFP.

A Itália, com 10.149 casos e 631 mortos, está desde segunda-feira à noite e pelo menos até 3 de abril submetida a fortes restrições, sob o lema "Eu fico em casa".

Os 60 milhões de italianos devem evitar os deslocamentos, exceto para chegar ao trabalho, para alimentação ou seguir até o médico. Até as missas foram suspensas.

O papa Francisco celebrou a tradicional audiência semanal das quartas-feiras, mas o vídeo foi divulgado pela internet a partir de sua biblioteca. A praça de São Pedro estava vazia.

O medo do coronavírus também deixa hotéis e locais turísticos esvaziados em Paris, capital da França, outro grande foco da epidemia na Europa.

Um total de 363 milhões de estudantes estão de férias forçadas em 15 países, segundo a Unesco.

A Espanha, que registra 2.002 casos de coronavírus e 47 mortes, fechou escolas e universidades em Madri, sua região mais afetada.

Para combater a epidemia, a Itália anunciou uma ajuda excepcional de 25 bilhões de euros (28,3 bilhões de dólares).

O Banco da Inglaterra (BoE) anunciou uma inesperada redução das taxas de juros, que caíram de 0,75% a 0,25%, a queda mais expressiva desde a crise financeira de 2008-2009.

A Comissão Europeia divulgou a criação de um fundo de resposta ao coronavírus de até EUR 25 bilhões.

Nos Estados Unidos, o governo do presidente Donald Trump informou que apresentará em breve um plano de apoio à economia. O Canadá revelou um plano de 728 milhões de dólares para sustentar sua economia.

Depois da queda espetacular na segunda-feira e da recuperação na terça-feira, as Bolsas operavam de maneira irregular nesta quarta-feira.

O Equador, por exemplo, anunciou cortes orçamentários, redução de salários de funcionários públicos e mais endividamento para enfrentar as dificuldades derivadas do coronavírus e a queda do preço do petróleo.

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