INTERNACIONAL

Mundo supera marca de um milhão de mortes por coronavírus

Nove meses após seu surgimento na China, a pandemia de covid-19 superou, neste domingo (27), o número simbólico de um milhão de mortos no mundo, de acordo com a recontagem da AFP estabelecida a partir de dados oficiais

AFP
27/09/2020 às 22:03.
Atualizado em 24/03/2022 às 11:37

Nove meses após seu surgimento na China, a pandemia de covid-19 superou, neste domingo (27), o número simbólico de um milhão de mortos no mundo, de acordo com a recontagem da AFP estabelecida a partir de dados oficiais.

No total, o coronavírus causou 1.000.009 mortes pelo mundo e 33.018.877 casos detectados, enquanto 22.640.048 pessoas se recuperaram da doença, de acordo com as autoridades.

As drásticas medidas adotadas por muitos países não conseguiram até o momento frear a pandemia, que provoca consequências econômicas desastrosas e aumenta as divergências políticas.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) alertou na sexta-feira que as mortes por covid-19 poderia duplicar-se e alcançar a marca de dois milhões de óbitos caso as medidas para evitar a propagação do vírus não forem mantidas.

As regiões mais atingidas em número de mortes são a América Latina e o Caribe (341.032 mortes, 9.190.683 casos), a Europa (229.945; 5.273.943) e os Estados Unidos e Canadá (214.031; 7.258.663).

O mundo tem gravado na memória as imagens de covas comuns cavadas no Brasil, de um necrotério improvisado no Palácio de Gelo de Madri e de camiões frigoríficos com cadáveres nas ruas de Nova York.

Além da frieza dos números, a consequência mais devastadora é o vazio deixado pelos que morreram, já que muitos corpos não puderam ser velados pelos familiares devido às medidas sanitárias.

"Nem eu meus piores pesadelos imaginei que passaria por isso", disse Mônica, 45 anos, ao lembrar que precisou confirmar o cadáver de seu pai, Oscar Farías, prestes a ser cremado, falecido em Buenos Aires em 27 de abril aos 81 anos.

Em 11 de janeiro, a China registrou oficialmente a primeira morte pelo SARS-CoV-2, o vírus responsável pela covid-19 que se propagou inicialmente na província de Wuhan, onde foi detectado em dezembro.

Em um mês, a China registrou mais de 1.000 mortes, um balanço mais grave do que o deixado pelo SARS (Síndrome Respiratório Agudo Severo), que circulou na Ásia em 2002-2003 e foi fatal para 774 pessoas.

A partir de fevereiro, o vírus começou a provocar mortes fora de China e seu crescimento foi exponencial, primeiro na Europa, que vê agora o surgimento de uma segunda onda, e depois no continente americano, onde os números de casos e óbitos se mantêm altos desde junho.

A resposta governamental foi drástica na imensa maioria dos casos. Em meados de abril, cerca de 60% da população mundial, cerca de 4,5 bilhões de pessoas, se via afetada por algum tipo de confinamento.

As consequências econômicas deste fechamento, inédito na história, chegaram a todos os cantos do planeta.

Comércios fechados, ruas desertas, aeroportos vazios, penúria de abastecimento em mercados: o mundo nunca havia vivido algo semelhante.

Em junho, o Fundo Monetário Internacional (FMI) calculou que o PIB sofreria uma contração de 4,9% em 2020.

Em um ano, o setor aéreo perdeu 92% de seu volume de voos.

Assuntos Relacionados
Compartilhar
Gazeta de Piracicaba© Copyright 2025Todos os direitos reservados.
Distribuído por
Publicado no
Desenvolvido por