INTERNACIONAL

Mundo supera 100.000 mortes por coronavírus e celebra Semana Santa confinado

Centenas de milhões de cristãos celebram esta Sexta-feira Santa confinados em suas casas, acompanhando pela primeira vez pela Internet ou televisão cerimônias solitárias, devido à pandemia do novo coronavírus, que superou o limite simbólico dos 100

AFP
10/04/2020 às 16:51.
Atualizado em 31/03/2022 às 04:16

Centenas de milhões de cristãos celebram esta Sexta-feira Santa confinados em suas casas, acompanhando pela primeira vez pela Internet ou televisão cerimônias solitárias, devido à pandemia do novo coronavírus, que superou o limite simbólico dos 100.000 mortos em todo o mundo.

O Brasil, país mais afetado pelo novo coronavírus na América Latina, superou a marca das 1.000 mortes por COVID-19 nesta sexta.

Com mais da metade da população mundial confinada, a celebração da Semana Santa desta vez não encheu templos, nem teve procissões nas ruas, uma consequência a mais da pandemia de COVID-19, que já deixou 100.661 mortos e mais de 1,6 milhão de infectados no mundo, segundo o mais recente balanço da AFP.

Uma suspensão rápida demais do confinamento poderia levar a um nova onda mortal do vírus, advertiu o diretor da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Adhanom Ghebreyesus, durante coletiva de imprensa em Genebra.

Na imensa praça vazia da basílica de São Pedro, em Roma, o papa Francisco, líder espiritual de 1,3 bilhão de católicos, fará uma Via Crúcis reduzida, acompanhado de cinco detentos de uma prisão de Pádua (norte) e cinco médicos e enfermeiros do Vaticano.

Antes dessa cerimônia, em declarações nesta sexta-feira à emissora italiana Rai, o papa comparou médicos, enfermeiros, sacerdotes e freiras falecidos combatendo a pandemia como soldados "mortos no front".

Na Terra Santa, todos os locais de culto estão fechados ao público, inclusive a igreja do Santo Sepulcro, em Jerusalém, o lugar onde, segundo o Evangelho, Cristo foi sepultado.

Normalmente, Jerusalém é o coração das celebrações da Páscoa. No ano passado, mais de 25.000 pessoas de todo o mundo se reuniam ali para celebrar a Semana Santa.

Obrigados a apelar à criatividade, sacerdotes católicos têm dado bênçãos de helicópteros ou tomam a confissão dos fiéis de seus carros, como no porto turístico mexicano de Acapulco.

O vírus castiga principalmente a Europa (70.245 mortos) e nos Estados Unidos (17.995 mortes), embora o número de pacientes graves tenha diminuído sutilmente em Itália, França, Espanha e em Nova York, principal foco americano, o que alimenta esperanças.

Nos Estados Unidos a doença avança mais rapidamente, com 475.000 casos até esta sexta-feira.

O estado de Nova York, com quase 160.000 casos de coronavírus e 7.844 mortes (5.150 na cidade de Nova York), está realizando dois mil testes por dia, disse nesta sexta o governador Andrew Cuomo. Mas esta é apenas "uma gota no oceano", lamentou.

Na Europa, a Itália, onde o vírus tem sido mais letal, com 18.849 mortos e 143.000 casos, prorrogou nesta sexta o confinamento até 3 de maio.

Segundo país europeu mais afetado, com 15.843 mortos, a Espanha registrou nesta sexta a cifra diária mais baixa de mortes desde 24 de março, com 605 óbitos.

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