INTERNACIONAL

Mundo se aproxima de 700.000 mortos por coronavírus e risco de recaída cresce

O mundo está prestes a superar, nesta terça-feira (4), as 700.000 mortes por coronavírus, o que levou alguns países como as Filipinas a decretar um novo confinamento ou a forçar o uso de máscara nas ruas, como na França ou na Holanda

AFP
04/08/2020 às 15:15.
Atualizado em 25/03/2022 às 17:35

O mundo está prestes a superar, nesta terça-feira (4), as 700.000 mortes por coronavírus, o que levou alguns países como as Filipinas a decretar um novo confinamento ou a forçar o uso de máscara nas ruas, como na França ou na Holanda.

Na região da América Latina e Caribe, com mais de cinco milhões de casos e 203.000 mortes, o Brasil, com quase 95.000 mortes, é o país mais afetado.

A Organização Pan-Americana da Saúde (Opas) alertou nesta terça-feira que a situação da COVID-19 no Brasil "continua crítica", enquanto alerta para o "impacto devastador" da pandemia em outras doenças.

Na Europa, no famoso distrito da luz vermelha de Amsterdã, o uso de uma máscara passou a ser obrigatório. Na França, o Conselho Científico, que assessora o presidente Emmanuel Macron, alertou que "o vírus circula mais ativamente" quando as medidas de distância e barreira são relaxadas.

Por isso, muitas cidades estão impondo o uso obrigatório de máscaras, como Toulouse, entre meio-dia e 03H00 da manhã. A prefeita de Paris, Anne Hidalgo, recomendou seu uso nas áreas mais movimentadas da capital, como mercados abertos, calçadas ao longo do Sena e os arredores das estações de trem.

Segundo o balanço realizado pela AFP nesta terça-feira, o vírus matou na Europa mais de 211.000 pessoas, de um total de 694.507 mortes em todo o mundo desde que a OMS o detectou na China em dezembro.

Os Estados Unidos continuam liderando os países com mais óbitos, com 155.471 mortes e 4,7 milhões de casos, segundo dados da Universidade Johns Hopkins. México, com mais de 48.000 mortes, Reino Unido (46.000) e Índia (quase 39.000) também fazem parte da lista com mais óbitos por coronavírus.

Diante da corrida contra o tempo lançada pelo mundo para encontrar uma vacina, a Organização Mundial da Saúde (OMS) pediu nesta terça-feira que os protocolos sejam respeitados.

"Qualquer vacina é um medicamento e, para esse fim, precisa passar por todos os diferentes ensaios e testes antes de ser aprovada para implantação", disse o porta-voz da OMS, Christian Lindmeier.

Na segunda-feira, a Rússia levantou preocupações de pesquisadores ao anunciar que estava preparada para produzir "vários milhões" de doses a partir de 2021.

Nas Filipinas, mais de 27 milhões de pessoas, um quarto da população teve que se confinar novamente após o alerta lançado pelas associações médicas.

Desde junho, quando a maioria do país encerrou o confinamento, as infecções multiplicaram por cinco e ultrapassaram 100.000 casos.

O retorno ao confinamento foi anunciado com apenas 24 horas de antecedência, o que deixou muitos habitantes bloqueados em Manila, com a interrupção dos transportes, principalmente voos.

"Não temos mais dinheiro. Não podemos deixar o aeroporto porque não temos família aqui", disse Ruel Damaso, um trabalhador da construção civil de 36 anos que queria voltar para sua casa em Zamboanga, no sul do país.

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