O Comitê Olímpico, federações e atletas dos Estados Unidos, país que normalmente envia a maior delegação para os Jogos, expressaram seu apoio à suspensão de Tóquio-2020 na terça-feira e começaram a fazer planos para competir no próximo ano
O Comitê Olímpico, federações e atletas dos Estados Unidos, país que normalmente envia a maior delegação para os Jogos, expressaram seu apoio à suspensão de Tóquio-2020 na terça-feira e começaram a fazer planos para competir no próximo ano.
Atletas olímpicos de várias disciplinas reconheceram que a suspensão é um golpe para todos aqueles que passam por quatro anos de preparação de ferro, mas concordam que é a melhor decisão possível diante da emergência global causada pelo novo coronavírus.
"Ao nos unirmos para enfrentar os desafios de hoje, podemos sonhar com jogos maravilhosos em um país bonito. Agora é a hora de apoiar todos aqueles que trabalham para curar os doentes e nos manter saudáveis", escreveu em sua conta no Twitter a nadadora Katie Ledecky, vencedora de cinco medalhas de ouro olímpicas.
Para o astro de natação Ryan Lochte, o adiamento é um golpe em suas aspirações de lutar pela medalha em sua quinta Olimpíada de Tóquio, que ocorrerá de 24 de julho a 9 de agosto.
"Fiquei um pouco zangado porque estava treinando e tenho me sentido ótimo", disse o 12 vezes medalhista olímpico ao Los Angeles Times nesta terça.
"Esses Jogos Olímpicos seriam os mais importantes da minha carreira por tudo o que aconteceu no meu passado". "Mas tudo isso é muito maior que eu", acrescentou Lochte.
"É muito maior que as Olimpíadas, está afetando o mundo inteiro agora", afirmou o nadador, que pretendia voltar à elite aos 35 anos após cumprir duas suspensões e superar uma reabilitação por abuso de álcool.
A futebolista Carli Lloyd, de 37 anos, que conquistou duas medalhas de ouro nos Jogos Olímpicos, também disse estar "decepcionada" com o atraso, mas apoiou a decisão anunciada nesta terça pelo COI e pelos organizadores, que decreta que o adiamento Os Jogos não podem ir além do verão de 2021.
Nos últimos dias, as vozes pedindo o adiamento dos Jogos têm crescido nos Estados Unidos devido às dificuldades que os atletas enfrentam na preparação das medidas preventivas tomadas pelas autoridades para conter a pandemia, que motivou o fechamento de instalações e o restrição de exercícios ao ar livre nos EUA e em outros países.
"Quero competir contra os melhores quando eles estão no seu melhor, não quando treinam em circunstâncias erradas", afirmou no Twitter o arremessador Joe Kovacs, medalhista de prata no Rio-2016.
"Nosso momento chegará. Esses sonhos não foram cancelados, apenas suspensos por um momento", escreveu Kate Courtney, campeã mundial de mountain bike, no Instagram.
Para alguns atletas, como Simone Biles, que planejava se aposentar após Tóquio, isso significa mais um ano de trabalho duro, mas seu treinador, Cecile Landi, disse que as ginastas americanas estavam prontas.
"Por mais necessário que seja para todos os atletas, especialmente as ginastas que começaram essa jornada tão jovens (...) Vamos nos reagrupar e repensar para ficarmos fortes em 2021", escreveu Landi no Twitter.