A mudança climática e o risco de propagação de doenças infecciosas são consideradas as maiores ameaças globais entre a população de 14 países centrais - aponta uma sondagem divulgada pelo Pew Research Center nesta quarta-feira (9)
A mudança climática e o risco de propagação de doenças infecciosas são consideradas as maiores ameaças globais entre a população de 14 países centrais - aponta uma sondagem divulgada pelo Pew Research Center nesta quarta-feira (9).
Em pesquisas anteriores realizadas em 2013, 2016, 2017 e 2018, algumas em um número maior de países, a mudança climática e o terrorismo - por parte do grupo Estado Islâmico (EI), ou de grupos extremistas islâmicos em geral - foram então percebidos como as principais ameaças.
Desta vez, o Pew Research Center ouviu 14.276 entrevistados, no período de 10 de junho a 3 de agosto, residentes nos Estados Unidos, Canadá, Dinamarca, Holanda, Japão, Bélgica, França, Alemanha, Itália, Espanha, Suécia, Reino Unido, Austrália e Coreia do Sul.
"Em um ano em que a pandemia da covid-19 dominou as manchetes dos jornais em todo mundo, talvez não seja surpreendente descobrir que a maioria dos 14 países pesquisados neste verão (69%) considera a disseminação de doenças infecciosas uma grande ameaça a seu país", logo atrás da mudança climática (70%), escrevem os autores da pesquisa.
É mais surpreendente, porém, que os países europeus coloquem as alterações climáticas bem acima do risco de propagação de doenças: 83%, no caso de França, Itália e Espanha. Nos Estados Unidos, o risco de disseminação de doenças está em primeiro lugar, com 78% das opiniões.
A conjuntura econômica mundial e os ciberataques também foram mencionados como as principais ameaças. Nesta última edição, dois países, Dinamarca e Austrália, chegam a classificar os ciberataques como a principal ameaça a seu país.
Em relação à economia mundial, em recessão devido à pandemia da covid-19, as preocupações "aumentaram consideravelmente na maioria dos países desde a última pergunta feita em 2018", acrescentam os autores.
A maioria (58%) descreve o estado da economia mundial como uma "grande" ameaça. Em quase todos os países onde se perguntou sobre isso em 2018, a proporção de entrevistados que se sentem ameaçados pela situação econômica global aumentou em pelo menos 10 pontos percentuais.
Essa mudança foi mais pronunciada no Reino Unido, onde 65% agora dizem que o estado da economia global é uma grande ameaça, contra 41% que acreditavam nisso há dois anos. Isso representa um aumento de 24 pontos percentuais.
A mesma tendência é revelada no Japão (+22 pontos), que experimentou a maior queda já registrada em seu Produto Interno Bruto, e na França (+21 pontos), onde o PIB sofreu uma contração de 13,8% no segundo trimestre de 2020.
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