HÁ ABAIXO-ASSINADO

Moradores querem definição sobre avenida Suíça

A via foi incluída em projeto de lei que definiu novos corredores

Adriana Ferezim
13/07/2018 às 11:10.
Atualizado em 19/04/2022 às 02:22

Sexta-feira, 13 de julho de 2018 Para 87% dos proprietários de imóveis e moradores da avenida Suíça, não deve haver mais discussão se a via deve ou não ter uso comercial em sua totalidade. Parte dela já é permitida a instalação de estabelecimentos comerciais. Eles querem que a mudança na lei seja aprovada para ter o direito de optar pelo uso comercial ou residencial de seus imóveis. Essa avenida fica no Jardim Europa e começa na esquina da avenida Itália com a rua Campos Salles e termina no cruzamento com a rua Doutor Paulo Pinto. A avenida já foi incluída em projeto de lei que definiu novos corredores comerciais na cidade, em 2013. Mas, saiu da pauta após discussão em audiência pública na Câmara de Vereadores, na qual também foi retirada a criação do corredor na avenida Cruzeiro do Sul, no bairro Nova Piracicaba. Essa via, no entanto, voltou a ser discutida na Câmara e um trecho dela teve a aprovação para uso comercial. A avenida Suíça, continuou fora dessa proposta do Executivo. Para garantir que a mudança seja aprovada, os moradores fizeram um abaixo-assinado que contou com a adesão de 45, dos 51 proprietários de imóveis e moradores da rua. No documento, cada proprietário assinou no endereço de sua residência e há apenas uma assinatura por imóvel. A mudança para uso comercial dos imóveis foi apresentada ao Instituto de Pesquisa e Planejamento de Piracicaba (Ipplap) para ser incorporada às propostas para a revisão do Plano Diretor de Desenvolvimento (PDD) de Piracicaba. "Propomos que essa via possa receber empreendimentos de baixo impacto, como escritórios, clínicas e lojas que não irão interferir no padrão do bairro. Já existe uma taxa de 22% de imóveis desocupados na avenida Suíça, pela dificuldade de venda ou locação para fins residenciais. Outro problema é que há muitos moradores idosos e os filhos não residem mais nessas residências, que são grandes, com alto custo de manutenção", afirmaram Carlos Longatto, Lineu Siqueira e Hermann Jordan Filho. Eles foram escolhidos representantes dos proprietários de imóveis e moradores dessa via, para defender a vontade da maioria perante aos órgãos governamentais. "Todos os que são favoráveis a que toda a rua possa também ter uso comercial, não se sentem representados por uma associação - criada nos anos 1990 e ressuscitada recentemente - que defende que essa via continue residencial", disseram. Problemas Segundo Siqueira, há problemas de vizinhança que os moradores enfrentam que essa associação desconhece. "A avenida Suíça fica paralela à avenida Carlos Botelho, que é comercial e tem velocidade máxima de 50 quilômetros por hora, controlada por radares eletrônicos. Muitos usam a avenida Suíça como alternativa viária para ir até a rua Dona Eugênia ou outras. O problema é que o tráfego está cada vez mais intenso e muitos veículos trafegam além do limite de velocidade da via, provocando ruídos e risco de acidentes. Também sofremos com barulho de música ao vivo dos restaurantes da avenida Carlos Botelho aos finais de semana e, de madrugada, as calçadas das nossas casas, embaixo de árvores, viram motel", lamentou. Outro problema são as repúblicas. "Como saída para conseguir alugar o imóvel, alguns proprietários locaram para república de estudantes. Temos muito problema com barulho nessas repúblicas. Em um dos jogos da seleção brasileira, na Copa do Mundo, quase não consegui assistir à partida. Penso que é melhor morar ao lado de um escritório, do que de uma república de estudantes", ressaltou Longatto. Para eles, a mudança será boa para a cidade e até elaboraram um mapa que demonstra como é a rua e todas as mudanças no entorno dela. "Temos apoio dos vizinhos das ruas do entorno, como Dona Eugênia, Doutor Paulo Pinto, Doutor Alvim, Barão de Piracicamirim, avenida Duque de Caxias, avenida Holanda, rua Fernando Febeliano da Costa, Samuel Neves e Doutor João Sampaio. Mas o abaixo-assinado é só dos proprietários e moradores", comentou Jordan Filho. Toda a região está rodeada de comércio, segundo eles. "A avenida Suíça e as ruas do Jardim Europa perderam a característica de zona residencial há anos", disseram.

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