O presidente do México, Andrés Manuel López Obrador, inaugurou nesta quinta-feira um monumento em homenagem às três mulheres e seis crianças mórmons assassinadas a tiros em 2019 no norte do país e prometeu que o crime será punido
O presidente do México, Andrés Manuel López Obrador, inaugurou nesta quinta-feira um monumento em homenagem às três mulheres e seis crianças mórmons assassinadas a tiros em 2019 no norte do país e prometeu que o crime será punido.
Em Bavispe, estado de Sonora, onde ocorreu o massacre em 4 de novembro de 2019, o presidente do México inaugurou uma escultura inspirada no livro dos mórmons -um grupo religioso cristão- e na qual destacam-se as faces das vítimas.
"Este memorial significará uma homenagem permanente às vítimas. Foram presos responsáveis por este crime e vamos continuar até conhecer toda a verdade e fazer justiça", prometeu López Obrador diante de membros da comunidade mórmon que vive na região.
Por suposta ligação com o crime, 17 indivíduos foram detidos, um deles identificado como o suposto autor intelectual do ataque, e há mandados de prisão para outras 15 prisões.
As três mulheres e seis crianças, que tinham dupla nacionalidade mexicana e americana, foram mortas a tiros enquanto dirigiam por uma estrada rural em seus veículos, em um dos massacres mais brutais dos últimos anos no país.
Segundo as autoridades mexicanas, o ataque foi resultado da confusão entre grupos ligados ao narcotráfico que operam na região.
Amber Ray, irmã de Dawna, uma das mulheres assassinadas, falou em nome das famílias das vítimas e agradeceu às autoridades pelo apoio recebido.
Este crime gerou reivindicações contra López Obrador entre famílias mórmons de origem americana que se estabeleceram no norte do México desde o final do século 19.
Protestos também foram registrados nos Estados Unidos e o presidente Donald Trump chegou a falar por telefone com López Obrador para se familiarizar com o caso e oferecer ajuda.
"Agradeci sua atitude solidária e disse-lhe que podemos fazer a investigação (...). Devo admitir que o presidente Trump sempre respeitou muito nossa soberania", lembrou o presidente mexicano.
Desde dezembro de 2006, quando o governo lançou uma operação militar antidrogas, o México registrou mais de 300.000 mortes violentas, a maioria delas ligadas à criminalidade, segundo dados oficiais.
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