INTERNACIONAL

Ministros paraguaios põem cargos à disposição em meio a crise por gestão da pandemia

Os ministros que compõem o Executivo paraguaio puseram seus cargos à disposição do presidente Mario Abdo Benítez neste sábado (6) para tentar acalmar a crise política provocada pela gestão da pandemia, que resultou em confrontos com a polícia na sexta-feira, informou um porta-voz

AFP
06/03/2021 às 21:11.
Atualizado em 22/03/2022 às 09:33

Os ministros que compõem o Executivo paraguaio puseram seus cargos à disposição do presidente Mario Abdo Benítez neste sábado (6) para tentar acalmar a crise política provocada pela gestão da pandemia, que resultou em confrontos com a polícia na sexta-feira, informou um porta-voz.

"O presidente escutou a cidadania. Pediu a todos os ministros de seu gabinete para pôr seus cargos à disposição. O Presidente vai anunciar mudanças", disse a jornalistas o porta-voz do governo, Manuel Brunetti.

A medida se deu horas depois de uma dura repressão a protestos contra a gestão da pandemia que deixou 21 feridos, segundo o diretor do Hospital do Trauma, Agustín Saldívar.

Milhares de pessoas se concentraram na sexta-feira na praça do Congresso de Assunção para protestar contra a falta de insumos para combater o coronavírus e pelo colapso hospitalar devido ao aumento de casos de covid.

Com cartazes e repetindo palavras de ordem, os manifestantes pediam "Que Abdo renuncie!", acusando o presidente e seu gabinete de ser um "governo corrupto".

As mobilizações exigiram a princípio a demissão do ministro da Saúde, Julio Mazzoleni, que renunciou na sexta-feira a pedido da maioria no Senado (30 de um total de 45).

Mas grupos civis convocados pelas redes sociais se reuniram em frente ao Congresso, o que resultou nos confrontos posteriores.

Alguns grupos aproveitaram os incidentes para saquear lojas e quebrar vidros de carros estacionados, entre outros atos. Os bombeiros conseguiram controlar um incêndio provocado por coquetéis molotov no prédio do Ministério da Fazenda.

Jovens não identificados também entraram e destruíram escritórios do Quartel Central da Polícia, relataram porta-vozes das forças de ordem à televisão.

"O presidente pede paz, pede calma à cidadania", expressou o porta-voz oficial, ao anunciar a renúncia do gabinete.

Abdo se reuniu na residência presidencial com seus colaboradores e simpatizantes do governista Partido Colorado, que lhe deram seu apoio.

A oposição, no entanto, analisava a possibilidade de gestar um processo de impeachment contra o chefe de Estado.

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