O governo da Bolívia alertou neste sábado sobre o risco de "um golpe de estado" encorajado pela oposição ligada ao ex-presidente Evo Morales e alertou que agirá drasticamente contra aqueles que violarem a ordem legal atual, segundo o ministro do Interior, Arturo Murillo
O governo da Bolívia alertou neste sábado sobre o risco de "um golpe de estado" encorajado pela oposição ligada ao ex-presidente Evo Morales e alertou que agirá drasticamente contra aqueles que violarem a ordem legal atual, segundo o ministro do Interior, Arturo Murillo.
Murillo explicou que foram recebidas ameaças sobre ataques em empresas estratégicas e lembrou uma recente demolição de antenas de telecomunicações no Chapare, região onde Morales lidera os produtores de coca.
Além disso, ocorreram ações de desobediência contra a quarentena da saúde, além de passeatas e bloqueios de estradas em protesto contra as medidadas adotadas para combater a pandemia da COVID-19.
O ministro disse que recebeu das autoridades do governador de Cochabamba, dominado pela oposição, um ultimato para as forças militares deixarem as instalações de uma represa protegida antes de um ataque.
Murillo garante que, por trás desses atos, está o Movimento ao Socialismo (MAS), partido de Morales, embora sem fornecer evidências.
O maior atrito do governo com o partido de Morales está relacionado à recusa da presidente interina, Janine Áñez, em promulgar a lei que define 6 de setembro como a data das eleições gerais, aprovadas pela maioria da oposição, após um acordo entre o Supremo Tribunal Eleitoral e os partidos, entre eles o Juntos, da chefe de Estado.
As eleições estavam previstas para 3 de maio, mas foram adiadas pela pandemia.
Uma última pesquisa realizada em março o aliado de Morales, o economista Luis Arce, lidera com 33,3%, seguido por Carlos Mesa (18,3%) e Áñez (16,9%).
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