Um oficial francês que atuava em uma base da OTAN na Itália foi preso em 21 de agosto em Paris sob a acusação de espionagem para "uma potência estrangeira", informaram fontes judiciais neste domingo (30) após uma reportagem da rádio Europe 1
Um oficial francês que atuava em uma base da OTAN na Itália foi preso em 21 de agosto em Paris sob a acusação de espionagem para "uma potência estrangeira", informaram fontes judiciais neste domingo (30) após uma reportagem da rádio Europe 1.
"O que posso confirmar é que um alto oficial está sendo formalmente processado por um ataque à segurança", informou ministra da Defesa da França, Florence Parly, ao programa "Le Grand Rendez-vous (o grande encontro)", da rádio Europe 1, à emissora CNews e ao jornal Les Echos, sem dar detalhes sobre o caso.
De acordo com a Europe 1, esse oficial foi recentemente acusado de traição em benefício da Rússia. Ele é suspeito de ter fornecido documentação ultrassecreta aos serviços secretos russos, afirmou a rádio em seu site.
O homem foi detido pelos serviços de contra-espionagem da Direção-Geral de Segurança Interna (DGSI), no momento em que se preparava para voltar à Itália no final das suas férias na França, e colocado em prisão provisória no presídio de Santé, em Paris, ressaltou a Europe 1.
O Ministério da Defesa somente confirmou que um "alto funcionário destacado no exterior" havia sido detido "por atos cuja natureza pode causar sérios danos à segurança".
"Foi a França que tomou a iniciativa deste processo judicial", explicou Parly, observando que seu ministério apresentou o caso ao promotor, de acordo com o artigo 40 do Código de Processo Penal, que exige que a autoridade pública denuncie judicialmente qualquer crime ou infração de que tenha conhecimento.
Segundo fonte judicial, o oficial francês denunciado na Justiça foi preso por "conluio com uma potência estrangeira".
São raros os processos contra militares franceses por espionagem para a Rússia, chegando a uma dúzia desde a Guerra Fria.
Em julho deste ano, dois ex-agentes da inteligência (DGSE) foram condenados por traição em benefício da China.
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