INTERNACIONAL

Migrantes hondurenhos na Guatemala desistem de avançar rumo aos EUA

Milhares de migrantes hondurenhos que estão na Guatemala acabaram neste sábado (3) com suas aspirações de chegar aos Estados Unidos, depois que o governo local ameaçou expulsá-los por temer a propagação do novo coronavírus

AFP
03/10/2020 às 16:26.
Atualizado em 24/03/2022 às 11:13

Milhares de migrantes hondurenhos que estão na Guatemala acabaram neste sábado (3) com suas aspirações de chegar aos Estados Unidos, depois que o governo local ameaçou expulsá-los por temer a propagação do novo coronavírus.

Mais de 2 mil integrantes do grupo pediram às autoridades locais para retornarem ao seu país, segundo dados policiais enviados a jornalistas pela presidência da Guatemala. Os migrantes foram transportados em caminhões do exército, verificou a AFP.

Segundo a polícia, essas pessoas são entregues às autoridades hondurenhas na fronteira de Corinto, cerca de 315 km a nordeste da capital guatemalteca.

Embora a maioria tenha optado por retornar ao seu país, ainda existem grupos pequenos e dispersos que se recusam a abandonar seu objetivo de chegar aos Estados Unidos, relataram hondurenhos à AFP.

Na última quinta-feira, cerca de 3 mil hondurenhos romperam um cerco militar na fronteira e entraram em território guatemalteco visando alcançar os EUA, fugindo da pobreza e da violência que assolam seu país.

Na Guatemala, a caravana se desfez e seus integrantes seguiram diferentes caminhos. A maior parte do grupo seguiu para Petén, no norte, e o resto para o sudoeste para chegar a vários pontos de cruzamento na fronteira com o México. Os dois países compartilham quase mil quilômetros de fronteira.

No entanto, a maior parte do grupo viu suas aspirações frustradas quando encontraram um posto de controle policial e militar no departamento de Petén, depois de viajar centenas de quilômetros.

Os controles de segurança foram instalados em dois trechos da estrada da região depois que o presidente guatemalteco, Alejandro Giammattei, decretou estado de prevenção pela passagem da caravana.

Além disso, o México alocou militares e agentes de imigração ao longo de sua fronteira para impedir a passagem da caravana.

A medida de exceção na Guatemala foi instituída por 15 dias em seis departamentos (províncias) porque os migrantes entraram apressados sem passarem por testes para determinar se estão infectados pela covid-19.

Diante disso, Giammattei ordenou a detenção e retorno a Honduras de todos os migrantes que violaram os protocolos de saúde ao entrar ilegalmente em território guatemalteco.

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