Milhares de migrantes hondurenhos que estão na Guatemala acabaram neste sábado (3) com suas aspirações de chegar aos Estados Unidos, depois que o governo local ameaçou expulsá-los por temer a propagação do novo coronavírus
Milhares de migrantes hondurenhos que estão na Guatemala acabaram neste sábado (3) com suas aspirações de chegar aos Estados Unidos, depois que o governo local ameaçou expulsá-los por temer a propagação do novo coronavírus.
Mais de 2 mil integrantes do grupo pediram às autoridades locais para retornarem ao seu país, segundo dados policiais enviados a jornalistas pela presidência da Guatemala. Os migrantes foram transportados em caminhões do exército, verificou a AFP.
Segundo a polícia, essas pessoas são entregues às autoridades hondurenhas na fronteira de Corinto, cerca de 315 km a nordeste da capital guatemalteca.
Embora a maioria tenha optado por retornar ao seu país, ainda existem grupos pequenos e dispersos que se recusam a abandonar seu objetivo de chegar aos Estados Unidos, relataram hondurenhos à AFP.
Na última quinta-feira, cerca de 3 mil hondurenhos romperam um cerco militar na fronteira e entraram em território guatemalteco visando alcançar os EUA, fugindo da pobreza e da violência que assolam seu país.
Na Guatemala, a caravana se desfez e seus integrantes seguiram diferentes caminhos. A maior parte do grupo seguiu para Petén, no norte, e o resto para o sudoeste para chegar a vários pontos de cruzamento na fronteira com o México. Os dois países compartilham quase mil quilômetros de fronteira.
No entanto, a maior parte do grupo viu suas aspirações frustradas quando encontraram um posto de controle policial e militar no departamento de Petén, depois de viajar centenas de quilômetros.
Os controles de segurança foram instalados em dois trechos da estrada da região depois que o presidente guatemalteco, Alejandro Giammattei, decretou estado de prevenção pela passagem da caravana.
Além disso, o México alocou militares e agentes de imigração ao longo de sua fronteira para impedir a passagem da caravana.
A medida de exceção na Guatemala foi instituída por 15 dias em seis departamentos (províncias) porque os migrantes entraram apressados sem passarem por testes para determinar se estão infectados pela covid-19.
Diante disso, Giammattei ordenou a detenção e retorno a Honduras de todos os migrantes que violaram os protocolos de saúde ao entrar ilegalmente em território guatemalteco.
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