INTERNACIONAL

Medo do coronavírus impulsiona venda de armas nos EUA

A venda de armas disparou nos Estados Unidos nas últimas duas semanas, à medida que o coronavírus avança

AFP
25/03/2020 às 08:50.
Atualizado em 31/03/2022 às 06:44

A venda de armas disparou nos Estados Unidos nas últimas duas semanas, à medida que o coronavírus avança. As pessoas armazenam armas e munições com medo de que a pandemia possa desencadear distúrbios sociais.

"Tivemos um aumento de cerca de 800% nas vendas", diz David Stone, proprietário da loja Dong"s Guns em Tulsa, Oklahoma.

"Ainda não fiquei sem calibre, mas estou perto".

Stone contou à AFP que a maioria dos clientes que correm para garantir armas de fogo e munições são compradores iniciantes que pegam o que estiver disponível.

"É o medo do coronavírus", explicou. "Eu mesmo não entendo e acho que não é razoável".

Esse aumento nas vendas de armas é experimentado em todo os Estados Unidos, diante do medo coletivo de um colapso da ordem social, se a crise de saúde e econômica causada pelo vírus se intensificar.

Tiffany Teasdale, proprietária da Lynnwood Gun, localizada no estado de Washington, um dos estados mais afetados pelo coronavírus, testemunha o aumento maciço das vendas, com clientes fazendo fila antes mesmo da abertura da loja.

"Normalmente, em dias muito ocupados, vendíamos de 20 a 25 armas", conta Teasdale, que contratou um guarda para manter os clientes sob controle. "Hoje, estamos vendendo mais de 150".

"Muitas pessoas estão comprando espingardas, pistolas, fuzis AR-15", relata Teasdale, cuja loja fica aberta sete dias por semana.

Como Stone, ela afirma que a maioria de seus clientes são compradores iniciantes que passam por uma verificação de antecedentes e, se necessário, recebem um curso rápido sobre como manusear sua nova arma.

"Temos homens, mulheres, jovens, de meia-idade, idosos, todos comprando armas", continua. "E de todas as etnias... negros, asiáticos, indianos, hispânicos".

Teasdale explica que um cliente que entrou na loja recentemente decidiu que era o momento de se armar depois de ver duas mulheres brigando pelo último engradado de garrafas de água em uma loja.

"Temos clientes que também estão assustados porque as autoridades estão sendo instruídas a não responder tanto às ligações devido à falta de pessoal", acrescenta.

"Muitas pessoas têm medo de que alguém entre em sua casa... para roubar dinheiro, papel higiênico, água engarrafada, comida".

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