Com os hospitais prestes a colapsar, a Inglaterra reforçou nesta segunda-feira (12) as suas medidas contra a pandemia do novo coronavírus, enquanto a China começou a fazer testes em massa para a covid-19 em uma cidade portuária de nove milhões de habitantes, após detectar um pequeno surto
Com os hospitais prestes a colapsar, a Inglaterra reforçou nesta segunda-feira (12) as suas medidas contra a pandemia do novo coronavírus, enquanto a China começou a fazer testes em massa para a covid-19 em uma cidade portuária de nove milhões de habitantes, após detectar um pequeno surto.
Diante do preocupante ressurgimento dos casos, principalmente na região noroeste do seu território, o governo britânico decidiu fechar os pubs em Liverpool e reativar três hospitais de campanha que tinham sido instalados no primeiro semestre e que depois ficaram inativos.
O primeiro-ministro Boris Johnson também apresentou um novo sistema de alerta que entrará em vigor a partir da quarta-feira, com zonas de risco "médio", "alto" e "muito alto", com o objetivo uniformizar o atual mosaico de restrições para a Inglaterra.
O restante do Reino Unido terá o poder de aplicar seus próprios protocolos.
"Não é assim que queremos viver, mas é o caminho estreito que devemos traçar entre os males socioeconômicos do confinamento geral e o custo econômico de uma epidemia fora de controle", ressaltou o primeiro-ministro conservador.
O número de pessoas hospitalizadas com a covid-19 na Inglaterra é maior agora do que quando a quarentena foi passou a valer no final de março.
Nas áreas mais afetadas, as operações de hospitais que não atendem diretamente casos da epidemia já estão sendo afetadas.
O número de mortos pelo novo coronavírus no Reino Unido é de mais de 42.800, o pior registro da Europa.
Em todo o mundo, mais de 37 milhões de pessoas foram infectadas e ao menos 1,07 milhão morreram, de acordo com a contagem da AFP com base em números oficiais.
Ao contrário de muitas partes do mundo, onde ainda há confinamentos e um elevado número de casos, o vírus está amplamente sob controle na China, onde apareceu pela primeira vez em dezembro do ano passado.
Mas na cidade portuária de Qingdao, no nordeste da China e com 9,4 milhões de habitantes, seis casos de covid-19 foram confirmados no domingo (11), levando as autoridades a anunciar os primeiros testes em massa em meses.
Segundo as autoridades locais, todas as pessoas contaminadas parecem ter um vínculo com um hospital da cidade que trata pacientes da covid-19. Porém, ainda não se sabe a origem da contaminação até o momento.
A China tem grande capacidade para fazer testes rápidos e, ao meio-dia desta segunda-feira, a comissão de saúde disse que mais de 277 mil pessoas já haviam sido examinadas em Qingdao, com nove resultados positivos.
Em junho, grandes áreas da capital Pequim foram submetidas a testes massivos depois que a cidade de mais de 20 milhões de pessoas detectou casos ligados a um mercado de alimentos.
A economia do país voltou a crescer graças aos testes rápidos e aos confinamentos que conseguiram conter a segunda onda do vírus.