INTERNACIONAL

Médicos do futebol italiano pedem para que treinos não sejam retomados

Os médicos da primeira divisão do futebol italiano pediram "por unanimidade" para que os treinos não sejam retomados, depois que três jogadores testaram positivo neste sábado e alguns clubes tomaram iniciativas para voltar à atividade física

AFP
14/03/2020 às 18:06.
Atualizado em 05/04/2022 às 00:57

Os médicos da primeira divisão do futebol italiano pediram "por unanimidade" para que os treinos não sejam retomados, depois que três jogadores testaram positivo neste sábado e alguns clubes tomaram iniciativas para voltar à atividade física.

"Os médicos da Serie A expressam forte preocupação com a saúde dos funcionários dos clubes, caso as reuniões e os treinos coletivos sejam retomados em breve", disseram eles em um comunicado.

"Desta forma, os médicos recomendam por unanimidade não voltar aos treinos até que haja uma clara melhoria na situação de emergência", acrescentaram.

Na Fiorentina, o atacante italiano Patrick Cutrone e o zagueiro argentino Germán Pezzella testaram positivo para o novo coronavírus neste sábado, além de um fisioterapeuta.

"Eles apresentaram alguns sintomas. Todos os três apresentaram resultados positivos. O estado de saúde deles é bom e eles estão em casa em Florença", disse a entidade.

Na sexta-feira, foi o atacante sérvio do clube, Dusan Vlahovic, que testou positivo.

Além disso, o zagueiro Daniele Rugani, da Juventus, testou positivo nesta semana, além de seis jogadores da Sampdoria, o último Fabio Depaoli neste sábado.

A Serie A, assim como todos os esportes na Itália, está suspensa até o dia 3 de abril pelo menos.

Mas a Associação Italiana de Futebolistas (AIC) denunciou neste sábado a "situação paradoxal" em que alguns clubes pressionam seus jogadores para que voltem aos treinos.

"Estamos tristes e indignados de ver ainda hoje alguns clubes se comportando contra anúncios nacionais e internacionais, chamando os jogadores para treinar em pequenos grupos ou, pior, para medirem a temperatura todos os dias", afirmou a AIC.

"É até ofensivo para quem está na linha de frente; médicos, enfermeiros e profissionais de saúde, que pedem para permanecer em casa", acrescentou.

A Itália, o país europeu mais afetado pelo coronavírus, alcançou 21.157 casos neste sábado, com 1.441 mortes.

ea/pb/pm/mcd/aam

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