'MAIS MÉDICOS'

Médicos cubanos deixam as Unidades

Secretaria Municipal de Saúde anunciou execução de plano emergencial

Adriana Ferezim
22/11/2018 às 09:36.
Atualizado em 28/04/2022 às 01:07
O secretário municipal de Saúde, Pedro Mello  (Antonio Trivelin)

O secretário municipal de Saúde, Pedro Mello (Antonio Trivelin)

Quinta-feira, 22 de novembro de 2018 As Unidades de Saúde da Família (USF) que contavam com os 21 médicos cubanos que atuavam na cidade pelo Programa 'Mais Médicos', do governo federal, já não trabalharam nesta quarta-feira (21) e deixaram a Rede de Saúde, conforme determinado pelo governo cubano. Para atender a população de cerca de 84 mil pessoas que ficará sem atendimento médico nos Postos de Saúde onde esses profissionais atuavam, a Secretaria Municipal de Saúde anunciou a execução de um plano emergencial a partir desta quinta-feira (22). Os pacientes serão remanejados para as Unidades Básicas de Saúde (UBSs) e para os Centros de Referência da Atenção Básica (Crabs). “São três propostas. A primeira é o redirecionamento do atendimento dos pacientes das áreas de Clínica Médica, Pediatria e Ginecologia para as Unidades Básicas (UBSs) e os Centros de Referência à Atenção Básica (CRABs). Além disso, serão realizados mutirões aos sábados e, a terceira medida, serão escalados médicos da rede para cobertura nas USFs, para evitar prejuízo à população. Estamos na expectativa do governo (federal) resolver a questão o mais rápido possível. Nós, como todas as outras cidades do Brasil não temos como substituir rapidamente todos esses profissionais que trabalhavam 40 horas semanais, nem recursos. Se fizermos concursos ou contratação emergencial, os custos ficam para o município. Os médicos cubanos do Programa eram pagos pelo governo federal”, explicou o secretário municipal de Saúde, Pedro Mello. A abrangência de atendimento de cada USF da cidade fica entre três mil e quatro mil pessoas. De acordo com o Conselho Municipal de Saúde, estão sem médicos, desde esta quarta-feira (21), as USFs Eldorado I e II, IAA I e II, Monte Líbano I e II, Gilda, Anhumas, Monte Alegre, Jardim Oriente, Ártemis I, Ibitiruna, Boa Esperança I e II, Jardim das Flores, Vila Fátima, Chapadão II (Sol Nascente), Tatuapé I, Cecap, Parque Orlanda e Santa Fé. Os cubanos, prestavam serviço nas USFs desde março de 2014. Ao todo, Piracicaba solicitou ao Ministério da Saúde 27 médicos no Programa. As Unidades de Saúde da Família já foram comunicadas da necessidade de, já a partir de amanhã (22), encaminhar os pacientes, que necessitem de atendimento médico, para as UBSs e CRABs. Para os mutirões de Clínica Médica, no Centro de Especialidades Médicas - Postão atrás do Mercado Municipal, o agendamento acontecerá na própria Unidade nos dias em que houver cobertura médica. Para este sábado (24), a Secretária de Saúde fará o seu primeiro mutirão de Clínica Médica, para atender a cerca de 180 pessoas. Segundo o secretário, toda essa movimentação emergencial será para cobrir a saída dos profissionais do Programa 'Mais Médicos'. Além disso, ele informou que seis dos 23 médicos cubanos podem optar por permanecer em Piracicaba, porque são casados. Mas, essa situação terá que ser aguardada, porque o governo brasileiro ainda não definiu as regras para a permanência dos mesmos. Portanto, se esses seis médicos cubanos, que são casados, decidirem ficar no Brasil, terão que se submeter às exigências previstas no Edital a ser publicado no dia 27 de novembro. A Secretaria de Saúde, como enfatizou o titular da pasta, continuará com os mutirões aos sábados até que novos médicos entrem para o Programa 'Mais Médicos' em substituição aos que estão saindo. O governo federal assumiu o compromisso de começar a repor os médicos a partir de 3 de dezembro. Além disso, os responsáveis pelas Unidades de Saúde (USF, UBS e CRAB) farão relatos diários de como está o atendimento à população. O que vale destacar é que a Unidade de Saúde (USF) continuará sendo o Posto de origem do paciente. Os demais atendimentos não médicos – vacinas, curativos, aferição de pressão, eletrocardiogramas, etc., realizados pela enfermagem e pelos agentes comunitários de Saúde, continuarão à disposição na própria Unidade em que o paciente já era atendido.

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