Programa de Repovoamento soltará piracanjubas e pacuguaçus
Rio Piracicaba. A soltura de 50 mil piracanjubas e 30 mil pacuguaçus está marcada para as 11 horas, na Praia Branca, no Tanquã (Christiano Diehl Neto)
Quarta-feira, 22 de janeiro de 2020 O Rio Piracicaba ganhará milhares de novos peixes na manhã desta quinta-feira (23). A soltura está agendada para as 11 horas, no Porto de Areia da Praia Branca, no Tanquã. A iniciativa faz parte do Programa de Manejo da Bacia do Rio Tietê, da AES Tietê. A empresa doa os animais e conta com a parceria do Instituto Beira Rio, da Prefeitura de Piracicaba e da Associação do Pescadores Esportivos do Rio Piracicaba e Afluentes (Aperp). “Serão soltos 50 mil piracanjubas e 30 mil pacuguaçus”, disse Luís Fernando Magossi, o Gordo do Passeio de Barcos, presidente do Instituto 'Beira Rio'. Os peixes estão todos na fase juvenil. A característica é positiva e tem peso relevante ao repovoamento do Rio que batiza a cidade. “Geralmente, os alevinos medem dois ou três centímetros. São bem pequenininhos e, por isso, correm diversos riscos – até mesmo na soltura, com a diferença de temperatura da água, podem vir a morrer. Já os juvenis têm a resistência multiplica por 100. Então, praticamente nenhum morre”, explicou Gordo. O local da soltura, na Praia Branca, fica em uma propriedade privada. Foi escolhido por ter “uma boa profundidade e vegetação para os peixes se esconderem”, continuou. “Ali dá uns seis ou sete metros de profundidade”. O Projeto caminha para o nono ano. Ao longo desse percurso, mais de um milhão de filhotes ganharem as águas do Piracicaba. Os animais passam por um controle ambiental prévio, sob os cuidados do biólogo da AES Tietê. “Alguns peixes não existem mais no Rio Piracicaba, a exemplo do jaú ou do bagre-sapo”, comentou Gordo. “O lambari-do-rabo-vermelho havia sumido, mas já voltou a ser visto. A piracanjuba estava extinta por aqui, e nós a recuperamos. A tabarana quase não existe mais. O Rio tem muito peixe, e a água com uma qualidade melhor ajuda no processo”. O presidente do Instituto 'Beira Rio' atenta ao fato de que somente peixes nativos compõem o Programa de Repovoamento da AES Tietê. “Não podem ser dos exóticos”. Tem valido a pena O Programa de Manejo da Bacia do Rio Tietê seguirá adiante. E se tudo der certo, outras duas solturas devem acontecer ainda em 2020. Por ora, não há data definida, mas, provavelmente, o Rio receberá filhotes de tabaranas, dourados e curimbatás. “Eu sinto muito orgulho em falar que ajudei a repovoar o Rio Piracicaba”, gabou-se Gordo. “É uma das coisas mais bonitas que fiz na vida”. Além do Instituto 'Beira Rio', Luís Fernando Magossi é figura carimbada quando o assunto envolve recuperação e manutenção do Rio. “Perfeito, nunca somos, mas tento, da melhor forma possível, ajudar o Meio Ambiente e o Rio Piracicaba”. Informações Quem quiser acompanhar a soltura dos peixes precisa ligar para o telefone (19) 99747-4545 (Luís Fernando).