Mais de 40 combatentes foram abatidos nesta segunda-feira no noroeste da Síria, onde as forças do governo enfrentaram um ataque de um grupo jihadista ligado à Al-Qaeda, logo após ter ocorrido uma trégua, relatou uma ONG
Mais de 40 combatentes foram abatidos nesta segunda-feira no noroeste da Síria, onde as forças do governo enfrentaram um ataque de um grupo jihadista ligado à Al-Qaeda, logo após ter ocorrido uma trégua, relatou uma ONG.
Nas últimas semanas, houve combates esporádicos e tiros de artilharia em Idlib e territórios próximos, apesar de um cessar-fogo ter sido firmado no início de março na região, último grande reduto dos jihadistas e rebeldes da Síria.
Facções jihadistas lideradas pelo Huras Al-Din, pequeno grupo vinculado à Al-Qaeda, lançaram nesta segunda-feira uma ofensiva contra os povos controlados pelo regime sírio na zona de Sahl Al-Ghab, situada no noroeste da província de Hama, perto de Idlib, indicou o Observatório Sírio dos Direitos Humanos (OSDH).
Os confrontos deixaram 19 mortos entre as forças do regime sírio e cerca de 22 baixas entre os jihadistas, segundo o diretor da OSDH, Rami Abdel Rahman, que sinalizou que os povoados que tinham sido tomados pelos jihadistas foram abandonados por eles.
Em Damasco, uma fonte militar citada pela agência oficial Sana confirmou um ataque contra "duas posições do Exército realizado por homens-bomba e veículos carregados de explosivos", bem como a retirada dos terroristas.
O Huras Al-Din conta com 1.800 homens, incluindo estrangeiros, e, às vezes, luta junto aos jihadistas da Hayat Tahrir al-Sham, vertente síria da Al-Qaeda, que domina Idlib, segundo o Observatório.
O cessar-fogo do conflito atual, negociado por Moscou, aliado do regime, e da Turquia, que apoia alguns grupos rebeldes, foi adotado após vários meses de ofensiva do regime sírio, com o apoio da força aérea russa.
A operação, retomada em setembro e que contou com diversos ataques aéreos quase que diários, deixou cerca de um milhão de desabrigados, segundo a ONU, mas também contabilizou 500 mortes civis, de acordo com a OSDH.
Apesar do cessar-fogo, no inicio de junho a força aérea russa realizaram ataques contra grupos jihadistas localizados no noroeste.
A guerra na Síria começou em 2011 e já deixou mais de 380 mil mortes e desabrigou milhões de pessoas.
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