INTERNACIONAL

Mais de 10.000 peruanos venceram a covid-19 na Vila Pan-Americana de Lima

A "Villa Panamericana" de Lima, que recebeu milhares de atletas nos Jogos de 2019, funciona há apenas cinco meses como hospital de emergência para pacientes com o novo coronavírus, onde mais de 10

AFP
03/09/2020 às 11:37.
Atualizado em 25/03/2022 às 08:51

A "Villa Panamericana" de Lima, que recebeu milhares de atletas nos Jogos de 2019, funciona há apenas cinco meses como hospital de emergência para pacientes com o novo coronavírus, onde mais de 10.000 peruanos recuperaram sua saúde.

"Cada paciente que recebe alta é uma partida ganha para nós", disse à AFP Maritza Huapaya, enfermeira-chefe deste hospital temporário que foi inaugurado em 30 de março em um bairro populoso no sul da capital peruana.

Após o encerramento dos Jogos Pan-americanos e Parapan-americanos, em 1º de setembro do ano passado, os 1.096 apartamentos da Vila começaram a ser reformados para serem vendidos como residências.

Quando a pandemia estourou no país em março, porém, as autoridades decidiram alocar quatro das sete torres do complexo, construído em um local de 44 hectares, para cuidar de pacientes com covid-19.

"Agora estou voltando para casa depois de 33 dias. Agradeço a Deus por me dar esta oportunidade", disse à AFP César Sayán, de 64 anos, internado na Vila com falta de oxigênio no sangue.

O Peru registra mais de 660.000 casos de coronavírus e mais de 29.000 mortes.

Com 33 milhões de habitantes, é o segundo maior da América Latina em infecções, atrás do Brasil, e o terceiro em mortes, atrás do gigante sul-americano e do México.

De acordo com um ranking publicado pela Universidade Johns Hopkins, é o país com a maior taxa de mortalidade de covid-19 do mundo, com 90,48 a cada 100.000 habitantes.

Apesar dos altos índices de mortalidade em todo país, o Hospital da Vila Pan-Americana, operado pela Previdência Social, registrou um número bem menor de óbitos: 53 pacientes entre os mais de 12 mil internados lá nos últimos meses. Mais de 10.500 pessoas receberam alta.

Das janelas das torres, alguns pacientes saúdam com aplausos e vivas os companheiros, que vão para casa depois de vencerem a doença. A Vila tem cerca de 1.600 hospitalizados em todos os momentos.

Enfermeiras em trajes de biossegurança azul claro os transportam em cadeiras de rodas até os veículos que os levam para casa.

María Isabel Velasco, de 97 anos, teve alta na quarta-feira, enquanto enfermeiras dançavam de alegria ao ritmo da cumbia e erguiam balões coloridos e uma placa que dizia "acredite em você, tudo será possível".

"Ela sai totalmente restaurada e lúcida", afirma o diretor da Vila Pan-Americana, Carlos Olivera.

Mais de 1.000 pessoas, incluindo 325 médicos e 354 enfermeiras, trabalham neste hospital de emergência localizado no populoso bairro de Villa El Salvador, ao sul de Lima.

"Esta é uma pequena cidade que se tornou nosso novo lar", diz a enfermeira Huapaya, que mora na Vila Pan-Americana desde março.

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