O presidente francês, Emmanuel Macron, deu positivo para a covid-19 nesta quinta-feira (17) e ficará sete dias isolado, assim como várias personalidades europeias, como o chefe do governo espanhol e o presidente do Conselho Europeu, com quem esteve em contato nesta semana
O presidente francês, Emmanuel Macron, deu positivo para a covid-19 nesta quinta-feira (17) e ficará sete dias isolado, assim como várias personalidades europeias, como o chefe do governo espanhol e o presidente do Conselho Europeu, com quem esteve em contato nesta semana.
Após o diagnóstico estabelecido com "testes RT-PCR realizados quando apareceram os primeiros sintomas", o chefe de Estado francês "ficará isolado durante sete dias", mas "continuará trabalhando e realizando suas atividades a distância", anunciou a Presidência em um comunicado.
Em Madri, o escritório do chefe do governo espanhol, Pedro Sánchez, anunciou que fará uma quarentena preventiva até 24 de dezembro depois de ter contato com Macron. Eles se encontraram em 14 de dezembro, em Paris.
O Palácio do Eliseu informou que o presidente francês cancelará sua viagem ao Líbano prevista para terça e quarta-feiras.
O presidente planejava passar a véspera de Ano Novo com os soldados franceses da Força Interina das Nações Unidas no Líbano (FPNUL) e se reunir, de novo, com os líderes libaneses.
O primeiro-ministro francês, Jean Castex, com quem Macron jantou no dia anterior na companhia de vários políticos da maioria parlamentar, também se colocou em isolamento. Como medida de precaução, o primeiro-ministro fez um teste PCR nesta quinta-feira pela manhã, com resultado negativo.
O presidente da Assembleia Nacional, Richard Ferrand, também se isolou, já que compareceu a um jantar com o chefe de Estado no Palácio do Eliseu, na quarta-feira à noite, junto com uma dúzia de seus familiares.
O primeiro-ministro português, António Costa também se colocou "em isolamento preventivo", assim como o primeiro-ministro de Luxemburgo, Xavier Bettel, ambos recebidos nos últimos dias por Macron. Essa mesma decisão foi anunciada pelo premiê da Bélgica, Alexander de Croo.
Na segunda-feira, Macron almoçou com o presidente do Conselho Europeu, Charles Michel - que também entrou em quarentena "como medida de precaução" - e com a presidente da Comissão Europeia, Ursula Von der Leyen, e com o secretário-geral da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), Angel Gurría, por ocasião do 60º aniversário da instituição. Eles não indicaram até o momento se também serão isolados.
Vários líderes estrangeiros apresentaram seus desejos de uma rápida recuperação para o chefe de Estado francês, entre eles o primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, que já contraiu a doença e chegou a ficar internado na UTI no início do ano.
"Lamento saber que meu amigo Emmanuel Macron deu positivo para a covid-19. Todos desejamos uma rápida recuperação", escreveu no Twitter.
"Querido @EmmanuelMacron, desejo uma rápida recuperação. Meu coração está com você", tuitou a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen.
Pouco antes de iniciar seu período de isolamento e de quarentena, o presidente do Conselho Europeu, Charles Michel, também desejou, pelo Twitter, uma rápida recuperação ao colega francês.
O presidente russo Vladimir Putin se declarou "preocupado" e também desejou ao seu homólogo francês que se recupere rapidamente.
O presidente egípcio, Abdel Fatah Al-Sissi, também expressou seu apoio a Macron, que o recebeu na semana passada, assim como à França, "em seus esforços para conter a propagação do vírus".
Brigitte Macron, a esposa do presidente, também é um caso de contato, mas "não apresenta sintomas", disse seu gabinete.