INTERNACIONAL

Lukashenko ordena ao exército defender a integridade territorial de Belarus

O presidente de Belarus, Alexander Lukashenko, ordenou neste sábado (22) a seu ministro da Defesa que tome "medidas mais rígidas" para defender a integridade territorial do país, abalado por um movimento de protestos desde sua polêmica reeleição em 9 de agosto

AFP
22/08/2020 às 09:04.
Atualizado em 25/03/2022 às 15:52

O presidente de Belarus, Alexander Lukashenko, ordenou neste sábado (22) a seu ministro da Defesa que tome "medidas mais rígidas" para defender a integridade territorial do país, abalado por um movimento de protestos desde sua polêmica reeleição em 9 de agosto.

Lukashenko, no poder há 26 anos, visitou as unidades militares implantadas no Grodno, no oeste de Belarus, perto da fronteira polonesa, segundo um comunicado publicado no Telegram pela presidência.

O presidente denunciou o movimento de protestos instigado, segundo ele, "pelo exterior", ao chegar no polígono militar em Grodno, região onde estão previstas manobras em larga escala, entre 28 e 31 de agosto.

O presidente ordenou a seu ministro da Defesa que proteja a parte ocidental do país, que chamou de "pérola", e cujo centro está em Grodno.

"E tomar medidas mais rígidas para defender a integridade territorial de nosso país", declarou.

O chefe de Estado afirmou constatar "manobras significativas das forças da OTAN na proximidade" das fronteiras bielorrussas, na Polônia e Lituânia.

Neste contexto, Lukashenko anunciou que o conjunto das forças armadas bielorrussas estão em estado de alerta.

Lukashenko, que clama ter vencido as eleições com 80% dos votos, enfrenta um movimento de protestos inédito nesta ex-república soviética.

A oposição denuncia fraudes e organiza manifestações diárias em todo o país.

Nesta semana, a oposição formou um "conselho de coordenação" para impulsionar a transição política após a eleição presidencial. Mas as autoridades abriram uma investigação contra, acusando-o de "atacar a segurança nacional".

A líder da oposição, Svetlana Tikhanóvskaya, refugiada na Lituânia, disse na sexta-feira que "o povo bielorrusso nunca aceitará os líderes atuais".

Lukashenko garantiu, também nesta sexta, que vai "resolver o problema" deste movimento de protestos.

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